O ministro do Meio Ambiente moçambicano, Celso Correia, anunciou hoje um balanço da tragédia que atingiu o país africano, deixando 417 mortos, além quase mil quinhentos e trinta feridos. Na semana passada, o ciclone Idai, de categoria 4, atingiu, com ventos de mais de 177 km/h a região de Beira, cidade portuária de Moçambique.
Segundo informações, depois de devastar quase um país, o ciclone partiu para nações vizinhas, principalmente o Zimbábue que, somando números com Moçambique, chegam a mais de 700 mortos. Além disso, a quantidade de pessoas ilhadas, desaparecidas e machucadas é preocupante.
De acordo com a diretora-executiva do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Henrietta Fore, o ciclone deixou um milhão de crianças desabrigadas. Fore informou também que: “O mundo não pode pensar que é uma crise pontual. Existe uma crise de curto prazo, mas, também uma de longo prazo”. A diretora executiva solicitou uma ajuda de 116,4 milhões de dólares e disse que os números devem subir.
Ainda nesse tema, a Organização das Nações Unidas, mais conhecida como ONU, já decretou a tragédia como sendo a pior do Hemisfério Sul. Os mantimentos estão se esgotando e não tem aonde comprar e os mais carentes definham de fome. Além disso, os serviços pararam e a comunicação praticamente não existe, pois o vento acabou com quase todas suas torres de Internet e telefone. As estradas se romperam, então não se chega à Beira se não por avião ou barco.
E, embora limitada, a ajuda humanitária se faz presente, exercendo um trabalho complicado. Algumas ONGs estão levando alimentos específicos, pois não há como cozinhá-los, além muitas pessoas estarem doentes, precisando de vitaminas e minerais. Outro elemento importante é a água potável, porque a tempestade acabou com as fontes e houve o rompimento de uma barragem, algo semelhante ao que aconteceu em Brumadinho, que danificou ainda mais a qualidade da água local.
A ONU tenta pedir um total de 35 milhões de euros para ajudar o País e a Cruz Vermelha portuguesa reuniu várias toneladas de comida para maior apoio. Pelo menos por agora o mundo precisa entender que a África é a mãe da terra e que precisa do apoio de todos para se “reerguer”.