O grafite é muito mais do que desenhos que enfeitam as paredes das periferias em todo o país (e mundo!). A arte da grafitagem, é usada também como forma de empoderamento social.
E esse foi o assunto que conduziu o lançamento da quinta edição do Festival de Graffiti Bahia de Todas as Cores (BTC), que aconteceu na tarde de Quinta-Feira (28), no espaço Acervo da Laje, em São João do Cabrito, Salvador. O evento aconteceu com o apoio da Fundação Gregório de Mattos (FGM), e integra o calendário de eventos do Festival da Cidade. Diversos artistas e grafiteiros participaram da roda de conversa.
Dentre os convidados estavam o líder do “Que Ladeira é Essa”, Marcelo Teles, os Gestores do Acervo na Laje, José Eduardo e Vilma Santos, além de Gabi Bruce, produtora cultural que ganhou o prêmio Sabotagem 2018.
O professor José Eduardo, acredita que a arte na periferia, ajuda a entender a beleza do território.
Para o fotografo Thor Miranda, que é participante ativo do movimento Hip-Hop do Subúrbio Ferroviário, o BTC é uma grande iniciativa, pois leva pra comunidade artistas de várias partes do Brasil. Além de resgatar a arte nos bairros, ele acredita que o evento leva aos moradores que não tem acesso a centros culturais a arte, especificamente o grafite, que muitas vezes é marginalizado.
O evento acontece até domingo (31), e durante a programação, os artistas participantes irão produzir murais em 5 geomantas espalhadas pela cidade (Travessa do Panta, Garcia; Rua Baía de Todos os Santos, Cabula; Vale dos Lagos, São Rafael; Rua 13 de maio, Campinas de Pirajá e Rua Eudaldo Gomes, Igreja do Alagados, Uruguai).
O 5º BTC é uma realização do Coletivo Vai e Faz, formado por artistas, comunicadores, produtores e estudiosos do tema. Os artistas convidados, selecionados por meio de inscrição e curadoria do Coletivo Vai e Faz, ficarão hospedados no Colégio Estadual Presidente Costa e Silva, no Largo da Madragoa, na Ribeira.