Sabia que existem lugares incríveis na periferia de Salvador?
Salvador é a cidade dos encantos e reúne turistas de todos os cantos do mundo. Mas, para conhecer todas as belezas da cidade, é preciso ir muito além do que é considerado o “circuito tradicional, comercial” do turismo.
Entre becos, vielas, avenidas, e um povo que respira cultura, Salvador tem grandes belezas escondidas, como as que estão no Subúrbio Ferroviário de Salvador. O local, que já foi ponto de veraneio para grandes duques, e abrigou grandes fábricas, é hoje um dos lugares mais populosos da capital baiana. Possui 19 bairros, mas é presenteado com 3 ilhas. O Subúrbio tem muita beleza humana e natural pra ser apreciada. Saiba algumas opções e programe-se:
Estação de Trem da Calçada: A estação de trem serve como um portal de
acesso ao Subúrbio de Salvador. Ela foi construída em 1855, e é considerada um grande
projeto arquitetônico. Antes de embarcar no universo do Subúrbio, vale dar uma atenção ao local, que tem vistas incríveis. Passeio de Trem: O roteiro nas ferrovias é feito por cerca de 250 mil moradores do Subúrbio diariamente, por apenas R$0,50.
Mas, quem vai a passeio, pode apreciar as belezas da orla, além de construções antigas, das janelas do transporte. Da Calçada à Paripe, um show de beleza que só Salvador tem.
Parque São Bartolomeu: Uma área de Mata Atlântica, com cachoeira e trilha?
Difícil acreditar que isso possa ser encontrado em Salvador.
Quase impossível crer que esteja no Subúrbio da capital, mas está! O local, constantemente, recebe trilhas, que quase sempre acabam com um revigorante e delicioso banho na barragem.
Acervo da Laje: Um museu com artigos do Subúrbio, dentro do Subúrbio. Essa foi a ideia do professor e pesquisador, José Eduardo Ferreira, que criou o ‘Acervo’, na laje de sua casa, no bairro do São João do Cabrito. O Acervo da Laje é um aglomerado de memórias afetivas do local, com objetos encontrados na rua, ou doados por amigos e artistas. Juntos, os objetos contam a história de Salvador.
Centro Cultural de Plataforma: Inaugurado na década de 30, na Praça São Brás, o Cine Plataforma, tinha o objetivo de exibir filmes no bairro. Porém, o espaço ficou fechado por 30 anos e só foi reaberto em Junho de 2017. O Centro Cultural existe com apoio da comunidade. Fazem parte do calendário fixo do Teatro programações como o “Caldeirão
Cultural”, o “Miss Subúrbio Gay”, e o “Sucesso Aqui Vou eu”.
Fábricas de Plataforma: A Fábrica São Braz, e a União Fabril, são duas grandes construções feitas em 1800. Os locais estão inutilizados, mas os moradores que desejam um projeto para recuperar o lugar, alertam que é muito bonito. Pena que, por conta da violência, é recomendável estar sempre em grupo nas visitas.
Travessia Ribeira x Plataforma: O trajeto, feito por um barco, é usado, tanto de forma rotineira, pelos que precisam se locomover, quanto turística, por quem só quer apreciar a vista. De fácil acesso, os terminais são localizados em frente à Sorveteria da Ribeira, e próximo à estação de trem de Plataforma. O percurso dura em média 10 minutos e a tarifa é de R$ 2,10.
Igreja de Escada: Tombada pelo Iphan, a igreja de Nossa Senhora da Conceição de Escada foi erguida no século 16, e nunca passou por intervenções que alterassem sua arquitetura original. O local já serviu de refúgio, por exemplo, para o padre José de Anchieta, em 1556. Além da arquitetura, é possível ter uma bela vista para a Baía de Todos os Santos.
Praia de São Tomé: A praia localizada em Paripe, tem uma água quente e mar calmo. É um lugar quase paradisíaco, especialmente durante a semana, quando é pouco frequentada. Nos finais de semana, costuma receber algumas festas. Há alguns anos, a praia tornou-se roteiro turístico da capital. Em São Tomé, pode ser apreciado um dos pores do sol mais bonitos da cidade.
Ilha de Maré: O local, de fácil acesso, é um pedaço do paraíso. O mar calmo e cristalino atrai cada vez mais visitantes. A travessia para a ilha é feita na Praia de São Tomé, por meio dos grandes barcos que saem do Terminal Marítimo, e custam R$ 4,00. Mas também existem as embarcações menores, guiadas por barqueiros locais, que cobram R$5,00 por cabeça.
*Matéria publicada no jornal A Voz da Favela, edição de abril de 2019.