Buscando suprir necessidades de crianças em situação de vulnerabilidade, excluídas de seus direitos por fazerem parte das favelas do Rio de Janeiro, nasceu o Educar+, projeto que visa a educação como forma de desenvolvimento humano e social. Com sua sede na Associação de Moradores de Anchieta, o projeto propicia reuniões semanais e mensais, com oficinas de arte e rodas de leitura abertas a todo o público infantil e jovem da região.
O Educar+ surgiu em 2017, e, com um pequeno acervo de livros infantis, iniciou a batalha por uma oportunidade de mudar vidas. Localizado em Anchieta, zona norte do Rio de Janeiro, a localidade é conhecida pela falta de oportunidades e acesso à cultura por seus moradores. A localidade faz parte, também, de uma rede de favelas chamada Complexo do Chapadão, pequenas comunidades no entorno do Chapadão, em Costa Barros.
Com um cenário de violência crescendo ao redor das crianças nos últimos tempos, o projeto luta para contribuir com o desenvolvimento humano, cultural e social de crianças e jovens, na faixa etária entre os 6 a 14 anos. Através da cultura, da educação e da leitura, busca-se equipar esses jovens para que possam iniciar seus caminhos, aprendendo que a criminalização da pobreza não deve definir suas vidas.
O Educar+ funciona através de encontros semanais e mensais. Nos encontros semanais são propostas, às crianças, oficinas de alfabetização, audiovisual e leitura. As reuniões mensais possuem uma maior estrutura, com rodas de leituras, peças de teatro e oficinas criativas. A cada mês os encontros possuem foco em determinados assuntos, como solidariedade, natureza e amizade. Atualmente cerca de 60 crianças e jovens são atendidos pelo projeto.
“O conhecimento está aí, nos livros e meios de comunicação, queremos apenas incentivar o acesso das crianças em situação de vulnerabilidade até ele.”, com a palavra Flávia Macêdo, umas das responsáveis pelo Educar+. O projeto conta, atualmente, com mais de 100 voluntários, entre eles, colaboradores financeiros e de divulgação. O programa funciona de forma não governamental, e sobrevive de doações feitas por simpatizantes à sua ideia.