Alinne Araújo demonstra força em um dia ao brincar se casando com ela mesma após ser abandonada um dia antes de subir ao altar.

Porém, a realidade é diferente. E um dia após a cerimônia, ela cometeu suicídio.

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A influenciadora digital Alinne Araujo, de 24 anos, viralizou nas redes sociais no último final de semana. Isso por que a moça estava de casamento marcado, e um dia antes da cerimônia seu noivo lhe envio uma mensagem de texto pedindo o fim do relacionamento. Em publicações feitas no Instagram, Aline levou a trágica situação com leveza e disse que a cerimônia estava paga e ela aproveitaria o seu momento. E de fato ela aproveitou, e publicou diversas fotos do momento que aconteceu no último domingo (14).

No entanto, apesar de elogios por sua força, Aline também foi duramente criticada. Comentários de alguns seguidores afirmavam que a moça queria se exibir, e que o falso casamento teria sido uma ação de marketing para se promover.
O fato não sabido é que Aline sofria de depressão, e o quadro, claro, se agravou após ser abandonada pelo noivo um dia antes do que deveria ser o dia mais feliz de sua vida.

Mas, depressão não deveria ser a justificativa para que ela não fosse atacada nas redes sociais. A empatia não precisa e justificativas para existir, basta o sentir o próximo.

O final de Aline foi triste, trágico, sentido. Ontem (15), no comecinho da noite, ela estava em seu apartamento no Rio de Janeiro, com a mãe e a empregada. Aline queria extinguir a dor que estava sentindo e se jogou do nono andar do prédio em que morava. Aline morreu. A dor da familia, dos amigos, e do ex-noivo não é mensurável.

A dor que Aline’s, Maria’s, Luciana’s, Pedro’s, João’s ou Leonardo’s sentem para se jogarem de prédios, viadutos, tomarem remédios, ou achar uma alternativa para fugir das dores do mundo real e cruel, são imensuráveis.

Os comentários feitos a Aline, e agora feitos a Orlando Costa Jr, culpabilizando-o do suicídio da moça, mostram a falta de empatia do ser humano pelo próximo. Costuma-se dizer que empatia é se colocar no lugar do outro. Mas vai além. Ser empático, é pensar como o outro irá pensar, sentir como o outro irá sentir. É preocupar-se com ele.

A internet, está facilitando a destruição da nossa empatia. Principalmente nas redes sociais, as pessoas não pensam duas vezes em ofender o outro, ou fazer julgamentos pesados sobre seu caráter, personalidade, corpo e afins. Essa ‘liberdade de fala’ é dura, e machuca. Nós não sabemos os efeitos (positivos ou negativos) que nossas palavras podem causar.

Aline nos ensinou, nos fez refletir e a pergunta que fica é: Como podemos nos tornar mais empáticos e, por consequência, responsáveis nas redes sociais?