MPT formalizará pacto com as maiores agências de publicidade do Brasil, numa solenidade que acontecerá no próximo dia 23, em São Paulo.
Conexão Negra é um projeto que conta como parceria o Instituto Ilê Ayê, Caritas Brasil, Instituto Ethos, ONU Mulheres, Pacto Global e Ministério Público do Trabalho, e visa a formação e empregabilidade de jovens negras e negros. O pacto foi firmado em 2018 pelo MPT, em São Paulo.
No próximo dia 23 de setembro, em São Paulo, o MPT juntamente com os líderes da maiores empresas de publicidade do país, vão formalizar esse pacto para inclusão de jovens negros no mercado publicitário.
A solenidade marca o compromisso dessas empresas na valorização de iniciativas de igualdade racial. Já assinaram o documento: África, Artplan, BECT, DPZ&T, F/Nazca, FBC, JWT, Leo Burnett Tailor Made, Matuto, Ogilvy, BPublicis, SunsetDDB, Talent Marcel, Tribal, WMcCann, Y&R, Associação Brasileira de Agências de Publicidade (Abap) e Federação Nacional das Agências de Propaganda (Fenapro). A meta é ter pelo menos 30% de jovens e 20% de profissionais de média e alta gerência compostos por negros.
A iniciativa em Salvador, que aconteceu na sede do Ilê Ayê, de junho a setembro deste ano, foi acompanhada pelo MPT e Caritas Brasileira. Para a formação desses meses de curso, alguns dos nomes de destaque da publicidade como as agências Morya, Converse, Única, SLA, Y&R, Africa e Mutato , ministraram aulas para capacitação desses jovens.
Segundo o site da SINAPRO, todo o processo, que foi conduzido por Valdirene Silva de Assis, coordenadora nacional de promoção da igualdade e eliminação da discriminação no trabalho do MPT, as agências que assinaram o pacto serão acompanhadas por dois anos.
No pacto estão previstos pontos como a elaboração periódica de censo de empregados com recorte de raça/cor e gênero e com indicadores de gerência e diretorias, além da divulgação do organograma da agência para todos os colaboradores, com informações de raça/cor e gênero nos cargos.
Também estão previstas iniciativas de capacitação e educação das lideranças e recrutadores.
Conexão Negra passará por São Paulo, seguido de outros estados. Salvador foi a primeira cidade por ser a cidade mais negra do mundo fora da África, com 89% da população de autodeclaração negra, e a com o menor percentual de profissionais negros nas agências.
Para esse a primeira etapa, quase 65% das vagas foram concedidas às mulheres negras, seguido por homens negros, todos por autodeclaração. O projeto está dividido em 4 blocos, e terá ação de 12 meses.
Esse primeiro bloco, foi destinado a estudantes de Comunicação. O segundo será para o setor jurídico, o terceiro, para empresas, finalizando com tv.