Faz alguns dias que Angela Davis está no Brasil participando de diversos eventos promovidos por forças políticas progressistas entre os municípios do Rio de Janeiro e São Paulo. Ela visitou escola de formação política, foi ao encontro de uma presa política recém liberta, visitou bares que valorizam a cultura afrobrasileira, etc.
No Rio de Janeiro participou de um debate cujo tema foi “A liberdade é uma luta constante”, ocorrido no Odeon, no Centro do Rio, durante abertura do festival de cinema negro Zózimo Bulbul. O local não comportou o tanto de pessoas que queriam assistir a esse ícone, que incansavelmente luta pelo abolicionismo penal, o que a levou presa na década de 1970, nos Estados Unidos da América, acusada de terrorismo.
Angela Davis compôs o movimento Panteras Negras e, desde então, a sua vida é lutar pela liberdade de todos os povos, elaborando, debatendo e refletindo sobre o assíduo processo de encarceramento em massa seletivo destinado à população negra desde a escravidão.
Infelizmente, nem todos puderam assisti-la de pertinho, mas o importante é saber que um grande número de pessoas a reconhece como uma das maiores referências intelectuais do mundo que debatem a questão racial pelo viés antirracista. De tudo que essa maravilhosa mulher falou, uma coisa ficou muito guardada para reflexões: a liberdade é tanto uma luta constante, que os casos da prisão política da militante Preta Ferreira e do assassinato de Marielle Franco são exemplos de que ainda não podemos circular com nenhuma liberdade.
Como diz a amiga Tainá Alvarenga: “que Angela Davis nunca nos falte”!!!