Conhecido pela passarela mais negra do Brasil, o Afro Fashion Day veio com tudo na sua 5ª edição. O evento aconteceu no dia 30/11, com o espaço Kids sob o comando de Najara Black e a Feira da Sé, que estava superanimada com diversas grifes divulgando seus trabalhos e comercializando suas produções.
Quem passou pelo Terreiro de Jesus no Pelourinho pôde notar uma grande movimentação, e ao se aproximar era possível ver o letreiro do Afro Fashion Day, que contou com uma organização impecável.
O melhor de tudo? o evento era ao ar livre e aberto ao público.
Afro Fashion Day não é apenas um evento de moda, ou uma mera passarela, não se resume nos flashs. É muito mais que isso, é representatividade, é diversidade, é inclusão e muita alegria.
O evento abre espaço e caminhos para novos talentos e marcas baianas, trazendo o brilho e o encanto da beleza negra. O desfile desse ano teve como tema: Blocos Afro exaltando as estamparias do Olodum, Filhos de Gandhy, Malê Debalê, Ilê Aiyê, Muzenza e Cortejo Afro.
A plateia estava lotada e muito bem representada, a negrada marcou presença em peso com looks incríveis, penteados diversos, e uma pluralidade absurda de linda. Várias tribos e gerações diversas reunidas com o mesmo intuito; ver nosso povo nas passarelas.
O desfile começou com muita energia, e logo de cara foi possível notar o lindo trabalho feito com as estamparias, que deram mais brilho aos modelos que percorriam a passarela. Aconteceu várias etapas, onde cada uma dela representou um bloco e a trilha sonora foi uma mistura perfeita de música afro, eletrônico e pop, que fez o público dançar junto com as bailarinas do Ilê Ayiê, o DJ e a percussão do grupo Olodum.
O desfile encerrou com um lindo arrastão ao som do Ilê Ayiê e toda percussão ali presente, que fez os convidados dançarem o ritmo do mais belo dos belos, fazendo um verdadeiro esquenta para o carnaval que se aproxima.
Vale lembrar que o Afro Fashion Day já revelou nomes para a moda nacional e Internacional como Ana Flávia e Gabriel Pitta. O evento é uma realização do Jornal Correio, tendo a jornalista Gabriela Cruz como curadora do AFD desde o início do projeto.
