Ludoterapia é a terapia do lúdico, do abstrato, do imaginário, do emocional. “Remédio” ideal para quem está enfrentando tratamento médico ou atravessa situação social difícil. Sair do real e entrar no mundo da fantasia acalma e conforta. Essa é a intenção do projeto Meu Quintal, formado por voluntários que levam palhaçadas a pacientes e pessoas em vulnerabilidade social.
Artista plástica, drag queen, artesã e palhaça, Maria Eduarda Samontezze é a coordenadora da equipe que atua em unidades de saúde do Rio de Janeiro e áreas públicas da capital.
– Tive uma péssima infância. Isso me empurrou para uma necessidade de fazer algo bem diferente de tudo que vivi. Eu criei o meu mundo. Meu mundo verdadeiro – declara Maria Eduarda, que faz curso de formação para educadores sociais.
O Meu Quintal vai a espaços como o Orfanato Santa Rita de Cássia, ONG Instituto Ronald McDonald, asilo Casa da Luz, além de ações sociais em espaços como a Cinelândia, no centro da capital carioca. A ludoterapia alivia a dor de quem está em volta e também pode ser usada como meio de empoderamento dos mais vulneráveis.
A Ludoterapia pode ser desenvolvida de inúmeras formas, com músicas, brincadeiras, contação de histórias, passeio ao ar livre, carinho, abraço etc. Maria Eduarda lembra do médico americano Patch Adams, que revolucionou o atendimento a seus pacientes e conseguiu resultados surpreendentes. A história do médico foi reproduzida no cinema em 1998 com o filme “Patch Adams – O Amor é contagioso”.
Para dar continuidade ao projeto, Maria Eduarda Samontezze fala da importância da ajuda financeira e ressalta sua luta para conseguir parcerias com empresas.
– Com um pouquinho de um, um pouquinho de outro, o Meu Quintal fica de pé –.
O projeto pode ser contactado por email: m.dudatoledo@gmail.com ou pelas redes sociais: @meu_quintal_ / https://www.facebook.com/MEUQUINTAL.LUDO/
* Matéria publicada no jornal A Voz da Favela, Rio de Janeiro, dezembro 2019.