Sobre o assassinato do miliciano e o caso Marielle Franco

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Dias atrás o miliciano Adriano Nóbrega foi assassinado em uma operação conjunto da polícia civil do Rio de Janeiro e da Bahia. Ele estava sendo procurado há meses por estar envolvido em vários crimes e no intuito de ser não preso, fugiu e manteve-se escondido até a sua morte.

O curioso é que foi uma ação “exitosa” no sentido de que a polícia não permitiu a circulação de um criminoso, porém, fiquei me perguntando: “muitas ações da polícia civil foram exitosas em conseguir surpreender criminosos ao ponto de nem existir trocas de tiros, como essa ação resultou na morte e várias informações contraditórias entre a polícia civil de um estado e de outro?

Um dos crimes cometido pelo tal miliciano foi estar envolvido no assassinato de Marielle Franco, em que até hoje, 14/02/2020, não se sabe quem mandou matá-la. Existem muitas acusações dos mandantes, inclusive que a família Bolsonaro esteja envolvida e contudo, o caso não avança e continuamos a não saber quem mandou matar Marielle.

Coincidentemente Flávio Bolsonaro, filho do Presidente Jair Bolsonaro, quando ainda deputado homenageou Adriano Nóbrega, quando o miliciano era policial. E os três de algum modo foram acusados de ligação com o caso Marielle Franco, e de repente uma ação da polícia civil mata uma testemunha do assassinato de Marielle.

Obviamente que se não há uma ligação direta, ao menos a gente se pergunta se pode haver uma ligação indireta e nas duas possibilidades é muito obscuro tudo e nos deixa a sensação de que o Brasil não é para amadoras/es. E o sentimento é de tristeza e indignação, porque Marielle Franco foi assassinada sem nunca ter cometido um crime – que fique evidente que não acho que criminoso tenha que morrer como forma de punição, precisamos pensar outras formas.

Marielle vive!!!