Mapeamento de batalhas traça circuito de rima improvisada

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Coordenado pelo produtor cultural André Costa, o mapeamento de Batalhas de MCs pretende “apoiar grupos e evidenciar a cultura de artistas dos guetos, promover o protagonismo de jovens negros periféricos e a arte de lugares onde há vulnerabilidade social”.

André Costa, também conhecido como Cosca MC, já produziu eventos com Emicida, Kamau, KL Jay, Família de Rua, Inumanos, Don L, Pedro Pondé, Letieres Leite, Rael, Underismo, Karol de Souza… Ele é idealizador do 3° Round – Circuito de Rima Improvisada, Classudos – Rap Jazz, Semana Baiana de HipHop, Sarau Boom Poético, Boom Break.

Além da visibilidade e inclusão sociocultural os MC’s participam de competições: tem 16 representantes nas etapas qualificativas e para a Seletiva Estadual em Salvador: um(a) MC vai ao Duelo Nacional, em Belo Horizonte-MG. As datas das seletivas são divulgadas nas redes sociais.

Nomes que passaram pelo projeto: Baco Exú do Blues, hoje uma referência de artista no cenário nacional e internacional, com a vitória sobre Beyoncé e Jay Z no Grammy; e JayA Luuck, atualmente com milhões de visualizações no Youtube e quase 500 mil seguidores no Instagram.

O 3º Round se tornou vitrine de MCs do Norte e Nordeste, com ações desde 05 de abril de 2013, na Praça da Cruz Caída. Com a itinerância, as edições especiais circulam por Salvador e interior do Estado, cuja ideia é conectar os jovens nas 25 batalhas, em 25 cidades, com alcance direto de mais de 500 MCs inscritos, 50 mil pessoas Off Lines e 400 mil on lines.

Apesar da falta de investimento público, em 2020 o projeto pretende chegar mais longe, potencializando a repercussão desses artistas. Pela importância sociocultural, projetos como este deveriam ter mais atenção dos órgãos públicos.

Contatos: E-mail: roundterceiro@gmail.com @3roundoficial

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Valdeck Almeida de Jesus
Valdeck Almeida de Jesus é jornalista definido após várias tentativas em outros cursos, atua como free lancer, reconhecendo-se como tal há bastante tempo. Natural de Jequié-BA (1966), e escreve poesia desde os 12, sendo este o encontro com o mundo sem regras. Sua escrita tem como temática principal a denúncia: política, de gênero, de raça, de condição social, de preconceitos diversos: machismo, homofobia, racismo, misoginia. Coordena o movimento “Galinha pulando”, o qual pode ser visto no blog, no site e nas publicações impressas. Este movimento promove anualmente um concurso literário, aberto a escritores(as) do Brasil e do exterior. A poesia lhe trouxe o encantamento, mundos paralelos, as trocas, a autocrítica, a projeção de si e de outro(s), maior consciência de classe e de coletivo. Espera que as sementes plantadas se tornem árvores, florescendo e frutificando em solos assaz diversos. Possui 23 livros autorais e participa de 152 antologias. Tem textos publicados em espanhol, italiano, inglês, alemão, holandês e francês. Participa de vários coletivos da periferia de várias cidades, bem como de algumas academias culturais e literárias.