Na virada do século XIX para o século XX, as ruas do Rio de Janeiro eram estreitas e sujas com saneamento precário. Doenças como febre amarela, varíola, tuberculose e peste assolavam a cidade. Navios não paravam no porto do Rio e os imigrantes recém-chegados da Europa morriam às dezenas de doenças infecciosas.
O presidente Francisco de Paula Rodrigues Alves instituiu como meta governamental o saneamento e reurbanização da capital da República. Para isso, a frente das reformas nomeou Francisco Pereira Passos para o governo municipal. Este por sua vez chamou os engenheiros Francisco Bicalho para a reforma do porto e Paulo de Frontin para as reformas no Centro. Rodrigues Alves nomeou ainda o médico Oswaldo Cruz para o saneamento.
Essa missão conjunta governamental se tornou na umas das primeiras guerra aos pobres do Brasil República. As mudanças foram de derrubadas de casarões e cortiços com o despejo de milhares de pessoas agravando a crise social da época.
A população apelidou o movimento de o “bota-abaixo”. O objetivo era a abertura de grandes bulevares, largas e modernas avenidas com prédios de cinco ou seis andares.
O movimento de o “bota-abaixo” existe até hoje, sempre associando os cortiços, casarões e favelas com doenças. Mas em 2020 é diferente, a pandemia que vivemos é transmitida por pessoas ricas, ou da classe A da sociedade. Os principais suspeitos de estarem infectados com o Novo Corona Vírus são integrantes da elite brasileira que viajaram principalmente para a China e para a Itália.
Claro, que minha Tia empregada doméstica moradora de BelFord Roxo não vai deixar de trabalhar na casa da madame do Leblon. E está sujeita a pegar o vírus e levar para sua comunidade.
Assim, quem puder evite o contato com pessoas ricas. Não vale a pena trabalhar até morrer por eles. Vamos deixá-los isolados. O BRT, o metrô, as bicicletas e patinetes de aluguel vão ter que parar. Os condomínios da Barra ficarão, como sempre, de porta fechada. Os únicos trabalhadores serão os seguranças que por sua vez, não deixarão os ricos saírem na rua e tão pouco ir a praia, que já foi considerada o lugar mais democrático da cidade.
Nesse período não haverá corrupção de agentes do governo federal e nem desvio da merenda escolar, tão pouco orgia nas celas dos ex-governadores do Rio.
O Condomínio Vivendas da Barra será o primeiro a ser isolado, por conter pessoas “suspeitas” de envolvimento com o crime organizado.
Em caso de uma pessoa rica quebrar as regras poderão pagar reparações a todos os explorados no processo de acumulação de riqueza. Exemplo: se você conhece uma pessoa que é da uma família rica e tradicional, provavelmente eles foram donos de escravos. Por isso pagarão imposto que deverá ser repassado para os descendentes dos escravizados. E suas casas destinadas aos sem-teto, suas fazendas aos indígenas, quilombolas e sem-terras.
A Nova Reforma Sanitária ajudará a resolver a questão da Velha Reforma Urbana e Agrária, com direitos e deveres adequados ao nosso tempo.
Vamos pra rua!
Pela Nova Revolta da Vacina!