Ajudar o mundo em pequenas atitudes

Créditos: Reprodução da internet

Em um outro texto para a ANF, eu citei a importância de se debater ecologia periférica. Nele, eu desconstruo aquele estereótipo de que causas ambientais são ”coisas de rico” e mostro como o desiquilíbrio do meio ambiente pode afetar a população pobre.

Agora, vamos refletir um pouco sobre como podemos ajudar ao meio ambiente em nosso dia-dia. Às vezes atitudes consideradas pequenas, de fácil adesão em nossas vidas, são ignoradas e esquecidas quanto ao valor e impacto. Ser uma pessoa que leva uma vida sustentável, mesmo que não adepta de uma luta maior que atinga diretamente a raiz do problema, pode, através do seu exemplo, chamar cada vez mais pessoas para o movimento.

As empresas que produzem produtos e serviços que impactam de forma negativa o meio ambiente trabalham visando a demanda dos consumidores. Se cada vez mais a população buscar alternativas a esses produtos e serviços, o mercado muda, as empresas se verão obrigadas a se adaptar. Isso já é visto, cada vez mais, ao fast foods, que estão adicionando opções vegetarianas e veganas em seu cardápio. Podemos dizer que não é o suficiente, mas já é um começo, uma luta traçada por grandes movimentos e por pessoas comuns.

Como colaborador de uma agência que tem seus ideais voltados para as favelas, acredito ser importante trazer conteúdos que condigam com a realidade do público-alvo. Sendo assim, as próximas dicas são acessíveis em diferentes níveis e a primeira é justamente procurar se envolver em movimentos que surgem das favelas.

Siga movimentos periféricos

Créditos: Reprodução da internet

Pode parecer que não – por conta do elitismo que ainda existe em qualquer movimento social – mas, temos coletivos, marcas, ativistas, etc. que estão lutando pela causa ambiental a partir de suas realidades periféricas. São exemplos iniciativas como: @favelasustentavel, @favelaeods, @veganospobresbrasil, @veganoperiferico e @favela_organica

Compre de produtores locais

Créditos: Reprodução da internet

Dar preferência a produtores locais no caso de alimentos pode, além de combater o mal que a industria da agropecuária faz ao meio ambiente, ajudar em uma vida saudável, pois através da agricultura familiar podem ser adquiridos produtos orgânicos, que não são produtos sem sementes, transgênicos e com agrotóxicos.

O Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) é o maior produtor de arroz orgânico da América Latina, conforme o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga). Mas, muitos outros alimentos são produzidos pelo movimento, que podem ser adquiridos na rede de lojas do MST, o Armazém do Campo, presente em várias capitais, como Rio de Janeiro, São Paulo e Recife.

Artesanatos e outros produtos do comércio local também podem ser sustentáveis e ajudar a famílias desempregadas, mães solo, estudantes pobres e outras minorias sociais.

Use seus próprios potes de vidro para evitar plástico

Créditos: Reprodução da internet

Alguns estabelecimentos já aderiram a venda por peso, onde você leva o seu próprio pote em vez da compra convencional. Potes de vidro são baratos e duram muito, além de deixar uma estética mais bonita na sua cozinha. Ao adicionar os alimentos nos potes, cole um pedaço de papel com o prazo de validade.

Não use sacolas plásticas

Créditos: Reprodução da internet

Já é lei em alguns estados brasileiros: mercados agora devem cobrar por sacolas plásticas e/ou oferecer as biodegradáveis. Muita gente ainda as usa e, com isso, acaba gastando mais nas compras, pois, ou estão comprando as sacolas, ou estão pagando a mais pelos itens adquiridos, que sofrem aumento para compensar o que o mercado investe nas sacolas biodegradáveis. Outro ponto importante é que mesmo essas sacolas ditas eco não são nada boas paro meio ambiente como afirmam ser e podem levar muito mais tempo para se decompor do que seus fabricantes anunciam.

Às vezes as pessoas continuam usando as sacolas, mesmo podendo fazer uso das ecobags – disponíveis para a venda nos próprios mercados -, por conta da aplicação das sacolas convencionais para armazenamento de lixo. Porém, é possível também ser ecológica nesse quesito. Para substituir as sacolas de lixo, uma boa alternativa são os sacos feitos em casa com jornal.

Não jogue lixo na praia

Créditos: Reprodução da internet

Como vimos o inimigo plástico em dicas acima, trago aqui como ele afeta o meio ambiente. Dados de 2012 a 2018 de um estudo indica que mais de 95% do lixo encontrado nas praias brasileiras é composto por itens feitos de plástico, como garrafas, copos descartáveis, canudos, cotonetes, embalagens de sorvete e redes de pesca. 80% desse plástico vêm de atividades terrestres.

O plástico afeta diretamente o ecossistema marinho e chega até nós através do microplástico que são fragmentos do lixo e se encontram alojados em peixes comestíveis ou na água do mar.

Pode até parecer óbvio, mas, infelizmente, vimos como é alto o número de pessoas que frequentam a praia e deixam o seu lixo na areia ou no mar. Joga-lo em uma lixeira ou guardar com você até em casa faz muita diferença. Pode-se também juntar o lixo que encontrar ao seu redor ao seu.

Gostou das dicas? Vamos colocar em prática!