Você já foi num evento em que o som não estava bom, e com toda certeza foi algo que você não esqueceu até hoje. E quando o som estava bom, no show daquela sua banda favorita, por exemplo, você se deu conta que há dezenas artistas trabalhando no backstage para que o espetáculo que você assiste esteja impecável?
A invisibilidade do backstage não é nenhuma novidade para quem já trabalha na área. Geralmente quem tem a consciência desse fundamental trabalho de equipe (pois sem ele nenhum evento aconteceria), é quem conhece alguém ou é da área.
Sempre de preto, discretos, os primeiros a chegar e últimos a sair, lidando com todo tipo de exigências esdrúxulas de algumas pessoas, ou até mesmo falta de conhecimento técnico de muitos artistas que acabam desvalorizando o profissionalismo do operador de áudio: “A falta de reconhecimento da profissão exige amar o que faz. Vamos valorizar essa profissão remunerar bem o operador de áudio, pois sem ele sua festa não acontece.
O backstage é muito trabalhoso, muito difícil. Muitas pessoas não dão valor. Se dá um problema no som, o problema é o operador, mas às vezes o problema é a própria banda…”, como pontuou o Sidnei Moreno, entrevistado por Tiago Sacerdote, ambos operadores de áudio.
“Trabalhar com áudio, no geral, é um lance muito engraçado, porque muitas vezes quem reconhece é quem trabalha na área também. Mas a felicidade da gente é quando a gente vê que a galera está curtindo o seu trabalho. E isso é impagável porque é um reconhecimento de certa forma”, pontua o operador de áudio Jonas Costa Santos, que também é músico, luthier e mixador.