primeiro ato do Movimento Popular de Favelas e a FAFERJ antes do evento Rio+20 na Cúpula dos Povos, foi participar da Audiência Pública sobre saúde na Câmara Municipal. Este é o início de uma série de atividades e manifestações que faremos no Rio de Janeiro disse um dos coordenadores do MPF Rumba Gabriel. As lideranças cobraram dos responsáveis pela saúde mais respeito e o não contingenciamento dos recursos na área citada. Alegaram que está existindo uma lenta privatização no setor público de saúde. Citaram como exemplo o hospital de Acari. O coordenador Miguel de Moura da Associação Luiz Carlos Prestes exigiu melhores salários para os médicos e seus auxiliares. A coordenadora Kelly Cristina representante da favela da Coroa no Catumbi produziu um belíssimo discurso deixando as autoridades impressionadas. Pensaram que nós não estávamos organizados e que subiríamos à Tribuna para falar as mesmices de sempre comentou a coordenação do MPF que está conduzindo o foco para outro viés o que está chamando de Violência Mãe, aquela que gera exclusão e promove os contínuos conflitos dentro da sociedade principalmente nas favelas. Rossino presidente da FAFERJ comentou que se encontra animado com esta nova perspectiva do movimento popular: “Este sempre foi o nosso sonho, estamos cansados de ser representados por aqueles que nunca tiveram legitimidade para isto”.

O Movimento dará continuidade ao seu processo de atividades. Desta vez será na OAB no próximo dia 29 às 18h, onde acontecerá a Audiência Pública da Comissão Especial de Acompanhamento da Rio+20. O tema, A Rio+20 e as Favelas. Já sabemos que estamos fora do plano de discussões, só queremos saber quando seremos tratados como gente. Nós fomos jogados nas favelas. Qualquer ambientalista sabe que favela não é lugar para gente morar. Se o meio ambiente se encontra debilitado, deve-se começar a correção pelas favelas, afinal já são mais de duas mil no Estado e em nenhuma delas existe um projeto de saneamento digno concluiu a coordenação do MPF.

 

Rumba Gabriel