Aéreas querem o Proar para se salvar dos aeroportos vazios na pandemia

Salão de embarque às moscas, pesadelo da aéreas - Foto depositphotos

Queda de mais de 30% na demanda por viagens aéreas nacionais e internacionais no país faz as empresas apelarem ao governo federal por reforço financeiro, sob pena de quebradeira no setor. Segundo o presidente de uma das empresas nacionais de aviação, a insolvência proporcionará ao mercado estrangeiro comprar as nacionais “a preço de banana”. Companhias aéreas do Estados Unidos pleiteiam junto ao governo Trump aporte de 50 bilhões de dólares para não falirem.

A crise no setor ultrapassa em muito a questão das companhias e afeta diretamente o setor de turismo e serviços nos principais destinos nacionais. O presidente da Azul, John Rodgerson, cujo nome não nega a origem, disse que as aéreas estrangeiras têm interesse no mercado brasileiro que abriu recentemente a porta à aquisição de empresas de fora e não voarão para destinos pouco atraentes, tipo cidades menores, mesmo turísticas.

A Azul já pensa em demissões ou licença compulsória, disse o Rodgerson, e o setor impacta toda a cadeia, desde a hotelaria e o transporte até os fabricantes. “Se a Azul não passar por isso, o que vai ser da Embraer?”, pergunta o executivo.