O presidente Bolsonaro desistiu de nomear Alexandre Ramagem, padrinho de casamento do seu filho Eduardo e ex-chefe da sua segurança pessoal durante parte da campanha eleitoral de 2018, para o lugar de Maurício Valeixo no Departamento de Polícia Federal. No mesmo ato de cancelamento da portaria, anulou também a que exonerou Ramagem do cargo que ocupa na Agência Brasileira de Inteligência, a Abin.
A assessoria jurídica de Bolsonaro avaliou que a posição do STF não recomenda confronto, levando em conta os aspectos políticos. O presidente ainda tentou insistir na indicação, mas sua equipe advertiu que seria quase impossível reverter a decisão do STF.
Foram lembrados casos recentes em que ex-presidentes tiveram algumas de suas nomeações barradas pela Corte, como por exemplo da deputada Cristiane Brasil, filha de Roberto Jefferson, para o Ministério do Trabalho, no governo de Michel Temer, e do ex-presidente Lula para a Casa Civil no governo de Dilma Rousseff. A Advocacia-Geral da União achou melhor não recorrer da decisão judicial.
Uma possibilidade para o cargo de Valeixo, agora, é o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, mas há outros nomes em estudo.