Rápido como o raio, o presidente Jair Bolsonaro nomeou, publicou no Diário Oficial e 20 minutos depois empossou o novo diretor geral da Polícia Federal, hoje, 4, em Brasília. Rolando Souza é da confiança de Alexandre Ramagem, barrado pelo ministro Alexandre de Moraes no STF na semana passada.
No mesmo ritmo, o empossado nomeou o superintendente do órgão no Rio de Janeiro, Carlos Henrique Oliveira para a diretoria executiva, o segundo cargo na hierarquia da PF. A manobra tirou do Rio de Janeiro o homem que tinha sido escolhido pelo ex-diretor Maurício Valeixo e que era alvo do presidente da república há tempos, por investigações envolvendo seus filhos.
A dança das cadeiras da Polícia Federal deve prosseguir, se depender das intenções do Palácio do Planalto de estancar o trabalho policial no entorno da família Bolsonaro, que inclui parentes, amigos e pessoas de confiança em atividades investigadas desde a “rachadinha” à construção civil em Vargem Grande e na Muzema e ligações com o Escritório do Crime das milícias do Rio de Janeiro.