Estado vem registrando aumento crítico em número de infectados e mortes por Covid-19. Governo pretende chegar a pelo menos 55% de adesão ao isolamento social
O governador João Doria, de São Paulo, confirmou hoje, 8, a prorrogação da quarentena no estado até 31 de maio. A prorrogação se deve ao ritmo acelerado de contágio do coronavírus e ao aumento crítico de mortes por Covid-19, o que situou o estado em risco iminente de colapso no sistema de saúde.
“O pior cenário é o que alia mortes e recessão. Adotar a quarentena, como fizemos aqui em São Paulo, não é uma tarefa fácil. Mas trata-se de proteger vidas no momento mais difícil e crítico da história deste país”, acrescentou o Governador. “A nossa decisão de prorrogar a quarentena é a decisão pela vida”, disse Doria.
A aceleração acentuada da contaminação por coronavírus em São Paulo coincide com a queda sensível nos índices de isolamento social em todo o Estado. A média paulista chegou a 47% na última quinta (7), muito longe da taxa considerada ideal, de 70%, e abaixo do mínimo de 55% estipulado como nova meta pelas autoridades em saúde.
A decisão do governo foi acompanhada pelos técnicos do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo, em reunião que aconteceu na última terça. A recomendação pela extensão da quarentena foi unânime. Nos últimos 30 dias, a doença avançou 3.300% no interior e litoral e 770% na capital.
Na região metropolitana da capital, a taxa de ocupação de leitos para pacientes de coronavírus é de 89,6% em UTI e 74,9% em enfermaria, enquanto os índices estaduais ficam em 70,5% e 51,3%, respectivamente. Ainda de acordo com informações do Governo do Estado, para que São Paulo possa sair da quarentena sem colocar o sistema de saúde em risco, os índices de ocupação hospitalar por COVID-19 precisam ficar abaixo de 60%.