Cloroquina, a solução de Bolsonaro, cai em descrédito até no Exército

Foto ilustrativa

Defendida há alguns meses no governo com unhas e dentes como a panaceia contra o coronavírus, a cloroquina que foi um dos coadjuvantes da queda do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, se tornou a droga do momento do governo. O presidente Jair Bolsonaro mandou o Exército produzi-la à razão de um milhão de comprimidos por semana, acenando com a volta do Brasil à paz e à prosperidade.

Como, no entanto, a coisa não funcionou como planejado, a produção de cloroquina no laboratório do Exército teve uma pausa por falta de insumos. O Ministério da Defesa divulgou que produziria um milhão de comprimidos por semana, mas agora o Exército diz que a matéria-prima está sendo adquirida para continuar a fabricação.

A colunista Monica Bergamo disse na Folha de S. Paulo que “depois que Bolsonaro diminuiu a campanha pelo medicamento, o Exército também mudou de planos. O órgão colocou um teto na produção: vai produzir mais 1,75 milhão de pílulas e depois só se houver demanda”. Até lá, tomara que o Brasil descubra um jeito de sair desta pandemia com saúde e lucidez necessárias para seguir em frente. Sem cloroquina.