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Neste ano de 2020, com o avançado da pandemia do COVID-19, muitas famílias estão em quarentena por tempo indeterminado, o que tem ocasionando também, diversas interdições de estabelecimentos, escolas entre outros locais que a população frequenta.

Sabe-se que muitos jovens quando estão no ensino médio já mentalizam seus estudos para se prepararem para o tão sonhado ENEM, e assim cursar uma faculdade pública ou privada. Contudo, as redes de ensino paradas, dificulta o acesso para parte da população mais vulnerável de políticas públicas.

Mesmo com toda a situação ocorrente em nosso país, o MEC não hesitou em manter o Enem com o lema “O Brasil não pode parar”. A princípio insatisfatoriamente jovens criticaram esta decisão, afinal sabemos que em nosso país não são todos que possuem acesso a informação ou até mesmo possuam computador em sua casa.

Nesta perspectiva, o melhor no momento deveria ser feito um adiamento, afinal de acordo com o IBGE cerca de 38% das casas não possuem acesso à internet, 58% das casas não tem computador, 59% das pessoas das classes D e E não navegam na internet.

Sabemos que já está disponível para inscrição onde foram iniciadas nesta segunda-feira, 11/05/2020, atualmente já consta certa de 1,5 milhão de inscritos, além de ter uma nova opção de prova com versão digital, que já possui cerca de 92% das vagas já preenchidas. Caso tenha alguma dúvida sobre a inscrição pode acessar outra matéria através do link:http://www.anf.org.br/enem-2020-estudantes-podem-optar-pela-prova-impressa-ou-digital/

Através de uma simples reflexão pensamos, este ano teremos opções impressas e online, com isso podem ver duas perspectivas; a primeira será essa prova impressa vem junto uma situação peculiar, que ainda não sabemos ao certo se será controlada até o período de prova, a aglomeração de pessoas, pense bem: como que será o sistema para essa aplicação de prova se devemos estar em isolamento social? Meio contraditório não acha?

Além de pensar um pouco mais, vem também o pensamento dos jovens que não tem como fazerem se quer a inscrição, como os dados do IBGE acima nos mostra, há jovens que sonham com essa possibilidade e estão sem acesso a qualquer sistema de navegação, por muita das vezes utilizarem os espaços das escolas que respectivamente estudam.

A segunda opção sobre essa prova online deixa em aberto outra indagação: como será essa tratativa?

Vamos fazer a prova em nossas casas ou deveremos ir para outro local específico (e ainda pode acontecer aglomeração), complementando assim a dúvida maior, será que essa prova vai ser justa para todos os inscritos?

Não vai haver algum “jeitinho brasileiro” para obter alguma vantagem?

São várias perguntas para respostas abertas…

Os questionamentos acima e alguns outros que ficam no ar como por exemplo: Será que o Enem realmente é para todos?

Ou apenas para a população que tem condições financeiras? Onde que fica a possibilidade dos mais carentes a terem oportunidades para uma boa faculdade?

Será que estão preocupados com isso, ou apenas em captarem os recursos da taxa de inscrição afinal “O Brasil não pode parar”.

Como questão de uma justiça social mais cabível e empático para todos, amenizaria as dificuldades que algumas pessoas têm para estudarem e se prepararem para o ENEM. Através de um breve levantamento de coleta de informações percebe-se a fala dos jovens, que consideram este método desigual e injusto, uma vez que sem o acesso a informação e não podem participar de cursinhos online ou vídeo aulas.