Cloroquina também mata, em vez de livrar do coronavírus

Nossa opção na briga dos cachorros grandes - Ilustração da internet

A informação dita ao pé do ouvido do jornalista Valdo Cruz, da Globo, é assustadora: pessoas se automedicam com cloroquina comprada livremente na farmácia da esquina e morrem de parada respiratória em casa, sem entrar na relação das vítimas da pandemia, embora vítimas indiretas e incentivadas pelo presidente da república que ajudaram a eleger contra mamadeiras de piroca e kits gays.

São brasileiros e brasileiras que correm o risco de morrer dentro de casa por acreditar no seu presidente e seguir suas opiniões e seus conselhos. Como não entram nas estatísticas oficiais, são invisíveis. Talvez no futuro, debruçados sobre os números de hoje, descubram que nunca houve tanto ataque cardíaco no Brasil quanto nesse tempo. Atribuirão isso ao estresse e à tensão causados pela pandemia. É típico do ser humano negar a realidade, eu mesmo tive um amigo que flagrado pela mulher com a amante no restaurante, protestou “Não sou eu não!”

O chato aqui é que é o mandatário da nação quem toma atitudes bizarras (para dizer o mínimo) e dá conselhos que influenciam dezenas de milhões de pessoas. Sim, dezenas de milhões, não se iludam, é muito mais gente do que imaginamos ou está ao nosso redor. Elas o elegeram em 2018.

Eliane Cantanhede, a única comentarista da televisão brasileira que exala perfume na nossa casa, como as rosas do Cartola, escreveu dia desses que bolsomínions são mais do que vemos nas redes sociais. Seus amigos são diplomatas e acadêmicos que não veem ameaça na demolição do estado e na destruição da vida.

São essas pessoas sorridentes diante do Jornal Nacional que exigem medidas de segurança no condomínio e no prédio, ao mesmo tempo em que defendem o liberou geral de Bolsonaro e aplaudem o espetáculo circense em cartaz na calçada do Palácio da Alvorada. Todos são as vítimas da novela nos próximos capítulos. Aguarde!