Futebol alemão volta a campo com 33 mortes no mesmo dia por coronavírus

Alemães x Coronavírus - Foto chuteirafc

Como diria o Galvão, “bem, amigos da rede Globo”, o futebol voltou aos gramados alemães para alegria dos torcedores impedidos de testemunhar o jogo no estádio e para satisfação financeira de patrocinadores de times, clubes, estádios e transmissões pela tevê. Houve uma goleada, com gol de um brasileiro e olhares invejosos de toda a América do Sul, que não vê um gol ao vivo e em cores há mais de dois meses.

O futebol voltou na Alemanha no mesmo dia em que morreram 33 locais por coronavírus. Parece pouco diante da quantidade cada dia mais siderúrgica de mortos no Brasil da cloroquina que, Deus nos ajude, resultará no fiasco que a comunidade científica antecipa entredentes. A bola rola na Alemanha e anima alguns aqui a seguir o exemplo. É dura a vida de brasileiro.

Quem sabe o Brasileirão 2020 volta agora sob o patrocínio da cloroquina: “A solução para todas as suas dores de cabeça. Seu pai está com febre? Seu filho tosse muito? Sua mãe não levanta da cama? Seu ‘conje’ anda sem disposição para nada? Cloroquina neles!” Já imaginou que beleza as arquibancadas absolutamente vazias e o locutor se esgoelando para vencer o silêncio sepulcral. Ou então vão apelar pro “geladão”, o locutor transmite o jogo pela tevê como se estivesse no campo, com o som de torcida comprado da Globo: “Futebol aqui é pura emoção!”

Gente, sem brincadeira, esse povo do futebol acha que algum dia o circo será igual a antes? É a mesma coisa que eu imaginar que vou entrar no Maracanã sem passar no detector de metais. Já era, véi, isso foi no tempo em que Dondon jogava no Andaraí e nossa vida era mais simples de viver, né, Nei Lopes? Hoje, se voltarmos ao estádio, teremos de provar que não conhecemos o Zé Maria Marin, ou a Interpol pega a gente no reconhecimento facial. Ricardo Teixeira? Nunca vi, nunca comi, só ouço falar, né, Zeca?

Só rogo ao Senhor que impeça a retomada do futebol hoje no Brasil, porque com ela virá a economia facínora, a exclusão das pessoas, a servidão humana que mantém as peladas por esse país adentro, onde a gente quer só brincar e comemorar e tomar umas sem ficar com falta de ar, febre e fraqueza. Deus nos livre das artimanhas do inimigo…