Na defesa da liberdade de expressão do seu colega da Educação, o Ministro da Justiça, André Mendonça, impetrou habeas corpus no Supremo Tribunal Federal suspendendo o depoimento para o qual Weintraub está convocado por haver declarado na reunião já folclórica do presidente Bolsonaro e o ministério no dia 22 de abril que “por ele, colocaria todos esses vagabundos na cadeia, começando no STF”.
O ministro da Justiça não vê nenhum excesso no fato de seu colega pregar o fechamento do Supremo com a prisão dos 11 “vagabundos”, expressão que o governo pode considerar “licença poética” ou “arroubo de retórica”, mas aos ouvidos dos ministros do Supremo soou ofensiva a ponto de convocar Weintraub para depor. Por outro lado, investigações policiais sobre atividades suspeitas dos filhos de Bolsonaro são consideradas indevidas e perseguição política.
Também são rotuladas de “liberdade de expressão” as agressões de bolsonaristas contra repórteres, fotógrafos e cinegrafistas à porta do Palácio da Alvorada, que provocaram a retirada de alguns deles do local por falta de segurança, enquanto notícias e opiniões contrárias ao governo veiculadas na imprensa são tachadas de “lixo”.