Seis pessoas de uma mesma família, inconformadas com a morte de uma parente de 56 anos por Covid-19 invadiu dependências do Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, em Acari, Zona Norte do Rio de Janeiro e referência no tratamento da Covid-19 no Rio, e provocou danos em alas restritas a médicos e pacientes na tarde desta sexta-feira, 12. Uma mulher, muito alterada, chutou portas, derrubou computadores e tentou invadir leitos de pacientes internados.
Revoltadas, as seis pessoas gritavam, pelo quinto andar da unidade, que tinham direito de verificar os leitos, para ver se estavam mesmo ocupados, e também gritavam: “Mentira! mentira!” A reação revoltada e descabida foi a primeira em atendimento à exortação do presidente Bolsonaro para as pessoas “arrumarem um jeito” de entrar nos hospitais para checar a ocupação de leitos.
Enfermeira, que cuidava de uma paciente idosa, precisou usar uma cadeira e forçar a porta para impedir que um dos manifestantes invadisse o quarto. A confusão terminou quando guardas municipais intervieram e retiraram os manifestantes.
“Escutei gritos, achei que era algum paciente que estava com algum tipo de surto psiquiátrico. Foi quando uma mulher passou correndo no corredor e começou a chutar e gritar, chutando as portas dos pacientes que estavam na enfermaria”, contou uma testemunha, sob anonimato.
A Secretaria municipal de Saúde esclareceu o que ocorreu foi um tumulto causado por cinco pessoas de uma mesma família que, desesperadas ao receberem a notícia da morte de uma parente internada no local – uma senhora de 56 anos, ocorrida nesta manhã – entraram alteradas na unidade, quebraram uma placa de sinalização e bateram uma porta, causando danos. A SMS acrescentou ainda que vigilantes, guardas municipais de uma viatura que fica baseada no hospital e integrantes da equipe assistencial ajudaram a contornar a situação. Uma das pessoas da família, uma mulher, precisou ser medicada para se acalmar.
Em uma das imagens mostradas por quem testemunhou a confusão, é possível ver que uma das mulheres, que precisou ser contida por guardas, deixou até os chinelos para trás. A Guarda Municipal ainda não se manifestou.