A Polícia Federal prendeu por volta das sete horas de hoje, 15, a ex-feminista e atual bolsonarista líder do grupo “300 do Brasil”, cumprindo pedido autorizado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, agredido e ameaçado verbalmente por ela em diversas ocasiões e mídias sociais.
Sara é investigada no inquérito das fake news, mas sua detenção se deve a outro inquérito, que investiga atos antidemocráticos, também conduzido pelo ministro. É mais provável que a ativista tenha de explicar à Polícia Federal o caráter exato do grupo que lidera, que anda armado, se define como de extrema direita e prega a violência contra o congresso Nacional e o STF em represália a atitudes que desagradam o presidente Jair Bolsonaro.
Depois de ter sido alvo de busca e apreensão, no fim de maio, Sara Winter publicou vídeo em que manifesta a vontade de “trocar socos” com Moraes e promete infernizar a sua vida. No último dia do mês passado promoveu protesto em frente ao prédio do STF junto com ativistas dos 300 com máscaras brancas e tochas, à semelhança do grupo racista norte-americano Ku Klux Klan. Ontem, 13, o acampamento do movimento próximo à Esplanada dos Ministérios foi desmontado pelo governo do Distrito Federal e Sara pediu reação do presidente.
À tarde, liderados pela ativista, um grupo de 20 pessoas rompeu a área cercada no entorno do Congresso Nacional e invadiu a laje do prédio. Após ação da Polícia Legislativa, eles foram para o gramado em frente ao espelho d’água. Ela afirmou ainda que vai “acampar” no Congresso.