Mais um preso por desvio de verba na Saúde do Rio de Janeiro

Carlos Frederico Verçosa Duboc foi acordado pela polícia - Reprodução da TV

Foi preso na manhã desta quarta-feira, 17, o superintendente de Orçamento e Finanças da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, Carlos Frederico Verçosa Duboc, por possível envolvimento em fraude na compra de respiradores pelo governo estadual para o combate à pandemia. A ordem de prisão foi cumprida pela Polícia Civil e pelo Ministério Público estadual, na operação Mercadores do Caos.

Os respiradores comprados emergencialmente não foram entregues, segundo o MP. Duboc foi preso em casa, em Pendotiba, Niterói. Cabia a Duboc autorizar despesas, incluindo as de dispensas de licitação, como foi o caso investigado. Ele respondia a Edmar Santos,  Secretário de Saúde exonerado em consequência das irregularidades e foi mantido na função por Fernando Ferry.

Agentes saíram para cumprir ainda quatro mandados de busca e apreensão no Rio e outros cinco em Brasília, todos da 1ª Vara Criminal Especializada do Rio de Janeiro. Além de Duboc, já haviam sido presas em etapas anteriores da Mercadores do Caos seis pessoas: Gabriell Neves, subsecretário de Saúde do estado, exonerado antes da prisão; Gustavo Borges, que sucedeu Gabriell na pasta, exonerado depois da operação; Aurino Filho, dono da A2A, uma empresa de informática que ganhou contrato para fornecer respiradores ao estado; Cinthya Silva Neumann, sócia da Arc Fontoura, outra firma contratada; Maurício Fontoura, controlador da Arc Fontoura e marido de Cinthya; e Glauco Guerra, representante da MHS, a terceira empresa contratada.

O MP estima que foram desviados mais de R$ 18 milhões do Erário do Rio de Janeiro: “Passados mais de dois meses da data de entrega dos respiradores comprados emergencialmente sem licitação, nenhum equipamento foi entregue pelas empresas, nem o dinheiro devolvido aos cofres públicos”, afirmou o Ministério Público.