Gigantes da publicidade iniciaram hoje, 1º, boicote efetivo às mídias sociais, alguns por 30 dias, outros até o fim do ano e outros mais por prazo indeterminado, com a suspensão de suas publicidades especialmente no Facebook e suas plataformas nas redes. A medida é um protesto à condescendência com que mensagens e campanhas de ódio, sobretudo a partir do assassinato de George Floyd por um policial em Minneapolis no final de maio têm sido toleradas.
Aderem ao boicote multinacionais de peso: Coca-Cola, Ford, Starbucks, Unilever, Verizon e outras que estão com um pé dentro e outro fora da campanha basicamente por ela ser contrária ao princípio de marketing consagrado de manter visibilidade nas mídias convencionais e alternativas de maior presença de público. Mas as megaempresas tiveram de ceder às pressões de organizações pelos direitos civis, que nos Estados Unidos incluem as de direitos humanos, associações em defesa da liberdade, pacifistas, estudantes e étnico-raciais.
O meio publicitário acredita que a campanha mudará posturas das mídias digitais, embora o Facebook não tenha ainda tomado uma providência sobre o tema. Outra campanha, esta contra as notícias falsas, ou fake news, é desenvolvida pelo Sleeping Giants, ou Gigantes Adormecidos, que alerta pelo Twitter os consumidores sobre fabricantes e prestadores de serviços que apoiam com anúncios sites de disseminação de mentiras e de ódio. Recém chegada ao Brasil, a empresa vem obtendo grande repercussão e já provocou a retirada de muitos anúncios de blogs e sites.
Recentemente, a vinculação de nomes de empresários e de marcas aos atos antidemocráticos e ao seu financiamento, bem como de robôs para disseminação de fake news provocou reação dos consumidores que pararam de usar marcas e frequentar esses estabelecimentos, causando perda de faturamento considerável.