Rede de fake news derrubada pelo Facebook era ligada aos Bolsonaro

Integrantes dos gabinetes de Jair Bolsonaro e Flávio Bolsonaro estão ligados à rede de fake news - Foto da internet

Conforme anunciado na tarde de hoje, 8, por jornalistas de outros países, o Facebook derrubou uma rede de fake news e perfis falsos nas redes sociais Instagram e Facebook  ligada ao PSL, funcionários dos gabinetes do presidente Jair Bolsonaro, do senador Flávio Bolsonaro, do deputado federal Eduardo Bolsonaro e dos deputados estaduais pelo PSL do Rio de Janeiro Anderson Moraes e Alana Passos.

No anúncio, o diretor de Cibersegurança do Facebook, Nathaniel Gleicher, disse que “não podemos afirmar a ligação direta das pessoas citadas, mas podemos afirmar que pessoas associadas a eles e a seus escritórios se envolveram em comportamento inautêntico na plataforma”. Ao todo, foram identificadas 88, entre contas, perfis, páginas e grupos, que infringiam as regras do Facebook e que estavam ligadas aos nomes citados acima.

As contas e páginas possuíam muito seguidores e nas 14 páginas no Facebook tinham ao todo 883 mil seguidores e as 38 contas no Instagram possuíam 917 mil seguidores. Segundo Gleicher, “os conteúdos publicados eram sobre notícias e eventos locais, incluindo política e eleições, memes políticos, críticas à oposição política, organizações de mídia e jornalistas, e mais recentemente sobre a pandemia do coronavírus”. Além disso, foram identificados também conteúdos que praticavam discurso de ódio.

No debate da luta contra as fake news, foi aprovado no último dia de junho, pelo Senado, o projeto de lei de combate às fake news, com o objetivo de evitar com que essas notícias falsas causem danos individuais ou coletivos. O PL 2.630/2020 visa criar a Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet, com normas para as redes sociais e serviços de mensagem. O texto seguiu para a aprovação, ou não, da Câmara. O presidente Jair Bolsonaro, ao comentar o projeto de lei em exame na Câmara, disse de imediato que a lei “não vai vingar”, sinalizando seu veto, caso seja aprovada na Câmara.