Capitãso Leo, apontado chefe da narcomilícia - Reprodução

Um contingente de pelo menos 200 policiais fazem parte da operação montada na manhã desta quinta-feira, 9, contra a milícia na região de Vargem Grande, Zona Oeste do Rio. De acordo com os investigadores, trata-se de uma narcomilícia, ou seja, além de polícia paralela trafica drogas. a operação tinha 16 mandados de prisão e 51 de busca e apreensão. Os mandados são cumpridos pela 1ª Vara Criminal Especializada.

Até as 8 horas, cinco pessoas haviam sido presas, entre elas Fernando Mendes Alves, cabo da PM que atua no Programa Centro Presente, espécie de milícia legal apoiada pelas autoridades e pelo setor privado no Centro carioca. Número 2 da organização criminosa, ele foi preso em casa, em Vargem Pequena.

O principal alvo da operação é o capitão da PM Leonardo Magalhães Gomes da Silva, o Capitão Leo, que o Ministério Público considera o chefe dessa narcomilícia. Desde o início da manhã, os agentes faziam buscas em endereços ligados ao policial, que não havia sido localizado até as 7 horas. Segundo as investigações, ele estaria disputando o controle de uma região conhecida como Pombo sem Asa. A organização criminosa comandada pelo Capitão Leo é acusada de tráfico de drogas e de armas de fogo, extorsões, homicídios, agiotagem e corrupção ativa. O grupo age na região de Vargem Grande, Vargem Pequena e adjacências.

Batizada de Porto Firme, a operação foi feita pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado, com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência e em parceria com a Delegacia de Homicídios da Capital e a Corregedoria da Polícia Militar.