A luta contra o racismo no mundo, mas precisamente nos Estados Unidos, teve uma baixa nas últimas horas com a morte de John Lewis, na sexta-feira, 17. Lewis que foi um destemido pela luta em favor dos direitos humanos e iniciou sua trajetória ao lado do ativista Martin Luther King Jr, também lutava pela sua saúde, e durante muito tempo brigou contra um câncer no pâncreas, sendo vencido, mas não derrotado, afinal seu legado ficou marcado na história da humanidade.
Foi no Alabama, em Troy, que nasceu John Lewis, em 1940, aquele que futuramente seria pioneiro e um dos maiores exemplos de ativismo negro de luta pelos direitos civis. Lewis participou de inúmeras manifestações e não tem como falar dele sem citar Martin Luther King, outro grande nome da história. Aos 21 anos embarcou na sua primeira missão, motivou a criação do movimento “Passageiros da Liberdade” contra o racismo e toda forma de segregação, e continuou focado até os últimos minutos dos seus 80 anos.
Na manifestação de 1963, manifestação marcada pelo discurso emblemático de Martin, “I have a dram” (Eu tenho um sonho), Lewis era um dos líderes, ele era o líder mais jovem naquela manifestação que ficou marcada pra toda vida. O dia que ficou conhecido como “Domingo Sangrento”, dia de mais uma manifestação pacífica antirracista, ele quase morreu após ter o crânio fraturado pela violência policial.
A sua trajetória de vida é uma verdadeira luta por direitos, é um exemplo a ser seguido, é a prova de que pessoas pretas já nascem lutando e resistindo ano após anos. Esse legado precisar ter continuidade. Ele também foi condecorado pelo presidente Barack Obama, em 2011.
O congressista de Atlanta nunca descansou, caminhou na Marcha de Washington na década de 60 e no mais recente movimento Black Lives Matter, protestos que durou vários dias após a morte de George Floyd, um afro-americano sufocado por um policial branco, ele estava lá, usando bengala na inauguração da pintura “Vidas Negras Importam”, no acesso a Casa Branca.