Carioca ignora regras da flexibilização e volta a encher as praias

Leblon é o bairro carioca rico que não acredita na pandemia - Foto da internet

O índice de isolamento no Rio foi de 47% neste domingo, 2, o mais baixo das últimas quatro semanas e menor do que a média de 52% registrada no último domingo de julho, de acordo com a empresa CyberLabs, que monitora a circulação diária de pessoas em vários bairros da cidade. Em Botafogo, o índice de isolamento chegou a ser negativo, -9, o que é interpretado como movimento igual ao registrado antes da pandemia.

Em Copacabana, o índice de isolamento neste domingo foi de 56% (no último domingo foi de 57,22%) e, em Ipanema e Leblon, de 54% (contra 58,78%, no dia 26 de julho). Na Barra, de 35% (menor do que os 49% de domingo retrasado).

Desde o sábado, o Rio está na fase 5 de flexibilização, permitindo mais atividades e serviços. No entanto, tudo dentro das restrições adotadas para o combate ao coronavírus. Entre as novidades deste fim de semana, estão, além da permissão do banho de mar, a volta dos ambulantes à orla.

Nas praias cariocas, foi um domingo sem pandemia, com temperatura de 27 graus e poucos policiais para fazer cumprir as regras da flexibilização: “Passamos alertando, mas as pessoas dizem que a prefeitura liberou, por isso estão aqui, mas desconhecem as regras. Quando a gente sai, voltam para a areia como se não tivéssemos falado nada. Parece que a pandemia acabou. Estamos lidando com adultos que agem como crianças”, disse uma policial, sem se identificar.

A Sociedade de Infectologia do Estado do Rio adverte que as fases de reabertura estão sendo feitas de forma precipitada: “O Brasil é o único país do mundo onde estão morrendo mais de mil pessoas por dia. A cidade do Rio de Janeiro está com uma redução do número de casos, mas o Estado do Rio não. Então a gente vê com bastante preocupação imagens de aglomerações”, disse Tânia Vergara, presidente da Associação. “As pessoas vão para rua e não se preocupam com isso, não se previnem, vão se expor e vão se contaminar. E aí a gente tem os percentuais em que 20% vão ser hospitalizados e 5% vão entrar em um quadro crítico e precisar da unidade de tratamento intensivo”.