Vendedores ambulantes vão precisar de cadastro pra trabalhar no centro de Salvador

Ambulantes, antes da pandemia na Região do Centro de Salvador - Reprodução

Com a possível liberação do comércio na próxima fase de reabertura das atividades em Salvador, prevista para acontecer até o fim de agosto, será limitada a quantidade de ambulantes para trabalhar nas principais regiões comerciais de Salvador, como nas ruas próximas do Mercado Municipal de Itapuã, na Avenida Joana Angélica e na Avenida 7 de Setembro, região do Centro da capital baiana. Assim só camelôs licenciados e com protocolo de entrada do licenciamento terão acesso aos locais para desenvolver suas atividades, outros ambulantes que não conseguirem o cadastro para atuar nessas regiões serão direcionados para outros pontos da cidade.

Essas medidas adotadas pela prefeitura é para evitar aglomeração e manter as regras de distanciamento social em locais públicos. “A gente enxerga a decisão da Prefeitura de uma forma muito positiva. Acreditamos que seja uma tacada muito boa da gestão. Proporcionar um espaço que vai acomodar bem os ambulantes é extremamente necessário. Tenho certeza que a decisão é um grande passo para a nossa categoria”, comentou Rosimário Lopes, diretor da Associação Integrada de Vendedores Ambulantes, Feirantes e Microempreendedores Individuais de Salvador e Região Metropolitana.

Além de ser uma região que sempre concentrou um grande número de vendedores ambulantes, os locais também concentram um fluxo grande de pessoas devido tráfego de estudantes dos colégios ou alunos dos cursinhos da região, turistas também representam parte desse volume constante de pessoas, além dos trabalhadores de outras atividades que transitam e os clientes vão em busca dos menores preços. A diminuição de ambulantes nesses locais será para a readaptação do espaço urbano e tende a permanecer mesmo após passada a pandemia do novo Coronavírus.

“O projeto foi desenvolvido para atender as necessidades desse novo momento de distanciamento social em áreas comerciais. A gente precisava achar uma solução para áreas mais densas como a Avenida Sete para garantir que os ambulantes possam trabalhar com uma segurança que atinge também os milhares de clientes que passam por ali todos os dias”, destacou Marcus Passos, chefe da Secretaria Municipal de Ordem Pública.

Para o infectologista Matheus Todt, “se as adaptações não acontecessem, isso inviabilizaria o retorno seguro. Não é uma condição que se pode ou não adotar. Teoricamente, se há uma intenção de realizar o retorno respeitando as normas de segurança da Organização Mundial da Saúde, não deveria reabrir. Se, na volta, não houvesse adaptações, você não estaria aumentando as chances de um novo surto de casos e sim assegurando o acontecimento desse surto”.