O Centro de Pesquisa em Comunicação e Trabalho da Universidade de São Paulo apresenta relatório final de uma pesquisa idealizada em março deste ano, quando chegaram as primeiras notícias sobre as difíceis condições de trabalho dos comunicadores em todo o país. A realização do estudo aconteceu entre os dias 5 e 30 de abril.
Os comunicadores identificados são profissionais que trabalham em instituições públicas e privadas, internamente ou via agências de comunicação e de publicidade, prestando serviços também a personalidades, autoridades e empresas de mídia.
O documento evidencia que parte significativa dos pesquisados “trabalha em home office em condições desconfortáveis para a família e utilizando toda a infraestrutura própria de equipamentos, suporte de energia elétrica, conexão com internet, uso de softwares e aplicativos necessários para a atividade”.
Segundo o relatório de pesquisa, “o questionário alcançou o total de 557 respondentes voluntários abrangendo vinte e quatro estados, Distrito Federal e Portugal”. Há também informações sobre estado civil, escolaridade, formação profissional, faixa-etária, gênero, quantidade de filhos e outros itens de identificação dos participantes da pesquisa.
Comunicadores relatam que “trabalham mais horas, em ritmo mais intenso, em um quadro de incertezas sobre as condições de salários e emprego”. A pesquisa mostrou que as mulheres jornalistas foram as que sofreram maior impacto, devido ao acúmulo de tarefas, trabalham em home office e mantêm as funções domésticas não remuneradas.
A pesquisa teve apoio de instituições como a Associação Brasileira das Agências de Comunicação; Associação Brasileira de Imprensa e Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo. O Centro de Pesquisa em Comunicação e Trabalho foi fundado em 2003 e tem credenciamento no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico- CNPQ. O acesso ao resultado na íntegra pode ser conferido através do link aqui.
