Disputa entre quadrilhas rivais provocou um intenso tiroteio no início da noite da última quarta-feira, 26, na região do Catumbi, no Centro do Rio. As informações são de que criminosos rivais estavam tentando disputar o controle do tráfico de drogas nas favelas da região: São Carlos; Coroa; Querosene; Zinco; Fallet e Fogueteiro. No tiroteio Ana Cristina Silva, de 25 anos, foi baleada dentro do carro por volta das 19 horas, na Rua Azevedo Lima, no Rio Comprido, Zona Norte do Rio. Os bombeiros foram chamados para socorrer a mulher, porém não foi possível fazer o atendimento por conta do tiroteio e Ana Cristina veio a óbito. Na madrugada de hoje, 27, o Corpo de Bombeiros foi novamente acionado para socorrer quatro pessoas baleadas no Morro do São Carlos. Uma chegou morta ao hospital, e outras três foram socorridas.
Um morador do São Carlos, que não quis ser identificado, falou que a confusão começou por volta das 18h com muito tiroteio e granada. “Era o horário que a galera estava saindo do trabalho, eu estava em casa mas meu pai e meu irmão não, eles estavam a caminho de casa e ficaram encurralados, porque fecharam a rua”, disse. De acordo com o morador, não tem mais policiais no morro mas o clima ainda está “tenso”. “A comunidade tá em luto, né por conta da mãe que ficou no meio do fogo cruzado, foi defender seu filho e acabou falecendo e aí fica aquele clima estranho”, completou.
Nas redes sociais moradores também se expressaram um deles disse: “Nego que mora em prédio ou em área ‘ok’ tudo comemorando guerra de facção no São carlos, toma vergonha na cara meu amado. Uma mulher foi morta protegendo o filho, família feita refém e vocês achando gracinha! Imagina voltar do trabalho 18h e ficar até tarde da noite pra conseguir entrar em casa, ônibus mudar rota, se proteger. Vocês não tem noção não, quem se prejudica é sempre qem não tem nada a ver”. No início da manhã um outro morador também descreveu o clima da região nas redes sociais: “Parece que o clima de tensão aqui pelo Rio Comprido/Estácio veio para ficar, helicóptero sobrevoando o São Carlos e não são nem 7h da manhã”.