Os moradores do Jacarezinho, zona norte do Rio de Janeiro, fizeram novas denúncias na manhã desta quarta-feira (17) por meio de bilhete, após ocupação da comunidade pelas forças de segurança. No bilhete, entregue a um repórter da Rede Record, um morador contou que um bar da comunidade continua vendendo drogas.

Ele conta ainda que o estabelecimento funciona de madrugada e que a música no local é bastante alta. O morador pediu que as informações fossem passadas para a polícia.

Mesmo diante desta situação, ele agradece pela chegada polícia e diz que a comunidade “está ótima”. Um trecho diz: “Viva o Jacarezinho. A comunidade está ótima. Eu agradeço a Deus e a vocês pela benção que está essa comunidade. Que Deus continue abençoando vocês. Mas venho comunicar que na rua Zélia, numero 24, tem um bar que continua vendendo drogas. O bar abre 22h e fecha 4h”.

Denúncias sobre o possível paradeiro de um dos chefes do tráfico de drogas no complexo do Manguinhos passadas à equipe de reportagem do R7, na segunda-feira (15), serão investigadas pelo setor de inteligência da polícia. A informação é da Coordenadoria de Polícia Pacificadora.

Em um bilhete, morador aponta local onde Marcelo Fernando Pinheiro Veiga, o Marcelo Piloto, teria se refugiado: “Ouvi dizer que o Marcelo Piloto e demais trosso ruim do inferno (sic) estão nas comunidades próximas à Praia de Ramos. Tranca eles. Queremos paz”.

Mais usuários de crack acolhidos

No terceiro dia de ocupação nas comunidades, o clima era de aparente tranquilidade. Os moradores saíram para trabalhar e levar os filhos na escola normalmente.

A Secretaria Municipal de Assistência Social realizou uma ação para retirada de população em situação de rua e de combate ao crack na região do Parque União, na entrada da Ilha do Governador, na zona norte. Na cracolândia e áreas adjacentes foram acolhidas 67 pessoas, sendo cinco adolescentes.

A operação, que contou com apoio de agentes da Delegacia de Bonsucesso (21ª DP), do Batalhão da Maré (22º BPM) e da Dcod (Delegacia de Combate às Drogas), foi promovida a partir do movimento de migração dos usuários de crack, após a ocupação por forças de segurança das comunidades do Jacarezinho e do Complexo de Manguinhos.

Fonte: R7