“E favela tem voz?” Perguntou um morador da favela do Metrô-Mangueira ao receber um exemplar de nosso jornal. O outro que estava ao seu lado, também com o jornal na mão, respondeu: “Agora tem!” Esse é um dos depoimentos na distribuição do número zero, do jornal A VOZ DA FAVELA, lançado mês passado no morro dos Prazeres, em Santa Teresa. Em outra oportunidade, durante um sábado de Sol, quando acompanhávamos uma equipe do jornal La Vanguardia, que visitava a Rocinha, também distribuímos o jornal e fomos flagrados pela lente do fotógrafo Ricardo Beliel. Vários exemplares foram distribuídos em uma das maiores favelas da América Latina, junto com Faby, que trabalha na TV ROC. Alguns personagens, como foi o caso de Lazaro Bruno, de Vigário Geral, participaram da distribuição, andando na comunidade e apresentando pessoalmente para os moradores o periódico. Em uma visita de Antony Garotinho na favela, Bruno conta orgulhoso que chegou a tirar uma foto ao lado do ex-governador com o jornal na mão. O primeiro exemplar foi experimental, nos dando uma idéia clara da árdua missão de produzir um jornal, conseguir patrocínios e distribuir para mais de quarenta favelas, além de sindicatos, universidades e movimentos populares. Agora a favela tem voz!