Hoje, 15 de outubro é celebrado o dia do professor, profissão que forma, a partir da partilha de conhecimentos, todas as outras profissões.
De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), órgão que regulamenta a profissão de professor, os docentes carregam com eles o papel de planejar, elaborar e colocar em prática estratégias e planos que possibilitem uma aprendizagem efetiva e de qualidade, buscando também a colaboração e a participação da comunidade.
Como em várias outras áreas, o ensino vem sofrendo com o descaso e desmonte por parte do poder público, especificamente a esfera federal, salários baixos e atrasados, escolas com estruturas precárias, falta de incentivos e desvalorização da categoria. Esse é o cenário em que estão inseridos a maioria dos professores, em especial, os que ensinam na rede pública.
Neste ano, com a pandemia do coronavírus, mais uma grande batalha está sendo travada pelos profissionais da educação: as suspensões das aulas presenciais. Não só os alunos tiveram que se adaptar ao novo formato de ensino, como muitos professores precisaram, literalmente, se reinventar, reaprender a ensinar, de maneiras diversas: virtualmente; a distância, aulas em tempo real, remotas, entre outras modalidades demandas por conta do distanciamento social.
No entanto, estamos num país desigual e a realidade de “só adaptar-se” às mudanças, certamente não chegou para todos na mesma proporção. Muitos professores, assim como os alunos, não estão tendo suporte necessário das secretarias de educação e de outras competências para encarar as mudanças trazidas pela pandemia.
A falta de equipamentos adequados, como, celular, computador, notebook e, principalmente, internet de qualidade são alguns fatores que dificultam esse processo de adaptação para o ensino a distância. Garantir que haja o mínimo de perda no processo de aprendizagem é outra preocupação dos professores.
O debate das voltas às aulas presenciais é o grande divisor de opiniões no momento, por um lado profissionais e representantes de instituições de ensino particulares defendem as voltas às aulas presenciais, respeitando os protocolos de segurança e higiene para a não contaminação pelo novo coronavírus.
Por outro lado, professores, sindicatos e profissionais de escolas públicas, em sua maioria, reivindicam as voltas aulas presenciais após a vacina. Considerando que as más instalações e os baixos recursos obtidos pelas escolas não serão suficientes para proporcionar segurança, pondo em risco a vida de todas na comunidade escolar.
“Ainda que desejem bons professores para seus filhos, poucos pais desejam que seus filhos sejam professores. Isso nos mostra o reconhecimento que o trabalho de educar é duro, difícil e necessário”, Paulo Freire, educador e pedagogo pernambucano. Foi homenageado com o título de patrono da educação brasileira em 2012, morreu em 1997.