Vários tiroteios em favelas da cidade do Rio de Janeiro foram registrados nesta terça-feira, 20. Moradores relataram nas redes sociais tiros no Morro do Fubá, em Campinho; Morro Dona Marta, em Botafogo; Morro do Engenho, no Engenho da Rainha; Complexo do Alemão; Vila Cruzeiro e Morro do Sereno, ambos no Complexo da Penha.
Um policial militar foi baleado na cabeça e uma idosa, atingida por bala perdida no braço direito, em Vicente de Carvalho, na zona norte do Rio. A Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar informou que policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Fé/Sereno realizavam deslocamento pela Av. Vicente de Carvalho quando, na altura da Praça do Carmo, criminosos atiraram contra os agentes.
Os feridos, o soldado Walter Cunha de Almeida, e Vânia Gonçalves Bastos Carvalho, de 67 anos, foram levados para o Hospital estadual Getúlio Vargas, na Penha. O PM passa por uma cirurgia e o estado de saúde dele é grave. Vânia já teve alta.
Em pouco mais de 24 horas, entre às 5h de 19 de outubro e às 11h de 20 de outubro, moradores de 12 favelas cariocas vivenciaram tiroteios, a maioria na zona norte, três deles foram provenientes de operações policiais realizadas contra o tráfico de drogas, nas favelas do Jacarezinho, Manguinhos e Mandela, mesmo com o Supremo Tribunal Federal (STF) as restringindo durante a pandemia.
A decisão de que as operações policiais voltariam a acontecer já havia sido informada em coletiva de imprensa no dia 8 de outubro, pelo Secretário estadual da Polícia Militar, o coronel Rogério Figueiredo. Na ocasião ele afirmou que iriam operar em qualquer cenário. “A PM não vai deixar de fazer operações”. Decisão essa que já tinha sido expressada pelo delegado e secretário estadual de Polícia Civil, Allan Turnowski, que, logo após ser nomeado para o cargo, afirmou que a situação do Rio é excepcional e justifica as operações. “Evidente que barricadas e traficantes armados de fuzil são excepcionais”, disse o delegado em entrevista ao jornal O Globo, em 27 de setembro.
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