O Projeto de Mãos Dadas, atua desde 2012 fazendo diversas ações sociais para famílias carentes, como cadastros para distribuição de cestas básicas, remédios entre outras doações para moradias populares no bairro Tony, em Ribeirão das Neves. O projeto também incide nas cidades de Curvelo, Felixlândia, Santa Luzia, Sabará, Contagem, Juatuba Conselheiro Lafaiete e Belo Horizonte, Minas Gerais.
Liliane Silva, autônoma, 40 anos, é a idealizadora do projeto de Mãos Dadas que atualmente conta com uma equipe de 15 pessoas que ajudam nos cadastros de famílias e nas entregas dos donativos. A iniciativa mineira recebe em média que 35 pedidos de ajuda diariamente e geralmente atende por volta de dez solicitações imediatas. Liliane é uma mobilizadora social há 25 anos, “não têm pedidos específicos. São pedidos de alimentos, móveis, roupas, brinquedos, medicamentos e até materiais de construção”, comenta.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em Ribeirão da Neves, 34,5% da população sobrevive com renda mensal de até meio salário mínimo. O município tem cerca de 338.197 pessoas e 148 bairros.
De Mãos Dadas conta com parcerias como a loja de moda O cravo e a Rosa em que fornece roupas para idosos nos asilos. O Sacolão ABC Campeão que doa verduras e legumes. A equipe do projeto faz as entregas durante três vezes na semana, tomando todos os cuidados necessários recomendados pela Organização Mundial De Saúde (OMS). As doações beneficiam cerca de 70 famílias. A proporção das necessidades da comunidade é grande e variada, sendo que qualquer pessoa física ou jurídica pode contribuir de alguma forma.
Sibele dos Santos, 40, autônoma, moradora do município de Conselheiro Lafaiete, é uma das beneficiárias do projeto social. Ela relata que a mãe tem úlcera venosa e elas estavam sem condições de comprar os itens de curativos e os remédios, e a única ajuda foi por meio o de Mão Dadas, “acho muito importante esse projeto da Lili (fundadora) e tenho muito a agradecer”, relata a moradora
Desde o início do isolamento social causado pelo novo Coronavírus, a iniciativa lançou uma campanha pelas redes sociais para criar a farmácia popular, devido à demanda de fraldas e medicamentos de alto custo e outros que não são fornecidos pelo SUS. Conseguiu arrecadar remédios e prateleiras nas drogarias Farma, Bezerra e Kátia. Mas ainda falta auxílio de um profissional da saúde para ajudar na separação dos medicamentos e orientação.
De Mãos Dadas ainda não tem registro fomalizado, Liliane comenta que às vezes não tem onde armazenar as doações e que precisa de um espaço maior, “gostaria de registrar, mas o custo é alto, requer espaço e condições financeiras que eu não tenho”, desabafa.
Tatiani Martins, 35, mora no bairro Santa Margarida, em Ribeirão das Neves e afirma que muitos da região são beneficiados pelo projeto, “por onde Liliane passa deixa uma mensagem de coragem, de força para correr atrás e abraçar o mundo, fazendo com que pessoas fiquem felizes e tenham esperança de que tudo possa melhorar”, conta.
Tatiani se tornou voluntária, ajudando na distribuição de água mineral para famílias do bairro Fazenda Castro e Metropolitano, “depois que vi a seriedade do projeto (De Mãos Dadas), me disponibilizei a ajudar. Lili tem muita credibilidade, não gosta de nada errado e procura manter a dignidade das pessoas”, declara.
Carla Aparecida, 46, teve as telhas da casa arrancadas pelo vento e recebeu ajuda através de Liliane Silva e sua equipe, “Ribeirão das Neves é uma calamidade pública a respeito de tudo. Se você procurar um emprego você não acha, se procurar ajuda não acha, ninguém ajuda a gente como a Liliane ajuda”, declara. Carla diz que a iniciativa precisa se fortalecer e para isso é preciso de auxílio para dar continuidade à farmácia do povo e criar a ONG, para a solidariedade alcançar mais pessoas.
Ainda falta muita coisa para diminuir a lista de pedidos, em especial itens de saúde. Cadeiras de rodas, medicamentos, produtos para pessoas acamadas, fraldas geriátricas e transporte para levar as doações. Falta apoio para ajudar a todos que precisam de verdade e que a conta não fecha, “Existe um certo descaso pelo trabalho voluntário sem nenhum lucro”, comenta Carla Aparecida.
Ela busca visibilidade para que todos vejam o quanto é importante doar. “Nós precisamos de pessoas para nos ajudar em determinadas doações que fazem muita diferença na vida do outro. Precisamos de patrocínio para juntos acolhermos famílias carentes” fala.
Liliane Silva foi moradora de rua por muitos anos, e prometeu que se saísse das ruas ajudaria o próximo por toda a vida. Ela é motivada a ajudar por amor ao próximo. Mesmo com as dificuldades ela pretende continuar com as ações e conta com o apoio de parceiros e o trabalho cresce a cada dia. “Sozinha não consigo, me ajude a ajudar”, comenta.
Para conhecer mais sobre o projeto De Mãos Dadas Social e fazer alguma doação, é só em contato através das seguintes opções.
Instagram: https://www.instagram.com/projetodemaosdadasoficial/
Facebook: https://www.facebook.com/groups/549992639026707/?ref=share
WhatsApp: (31) 99329-1876