Por Edmilson Ventura         

 Viver numa cidade como o Rio de Janeiro, além de um grande prazer, é também  motivo para análises emblemáticas. Então vejamos: Uma megalópole com milhões de habitantes e tantos problemas, tantas desigualdades sociais, tanta violência e… tanta beleza e capacidade de produzir modismos. Fazendo uma retrospectiva nesse início de ano, tanto fizemos, tanto construímos e fomos copiados. Desde a inauguração do sambódromo, descobrimos que muitas cidades desse imenso país, tinha carnaval, tinha escolas de samba, e tão logo necessitavam de um palco para seus desfiles. O que fizeram? Construíram sambódromos país afora. Nem precisa dizer que o Flamengo tem torcedores em todo o Brasil, assim como árvores de natal gigante,  reveillon com queimas de fogo, passeatas GLS, funk, e tantos outros modismo nascidos nesta cidade e que enchem de inspiração cabeças coroadas deste país. Logo, logo, teremos piscinões e cidades do samba, da música e tantas outras idéias copiadas. Mas o mais engraçado, é que o carioca ganhou fama de povo pouco chegado ao trabalho. Mas não conheço povo mais trabalhador, que mais sabe aproveitar as oportunidades para trabalhar. Então vejamos: Em que lugar do mundo, no meio de um engarrafamento, num comício, na saída de uma banda, tem alguém vendendo água, refrigerante, cerveja, jornal, bala, chiclete, etc…etc…? Onde mal aparece uma nuvem e já tem um montão de gente te vendendo guarda chuva? Em que lugar você estaciona seu carro e tem alguém pra cuidar dele, com uma flanela na mão?  Em muitas cidades do país, depois do almoço, o comércio fecha para a cesta. No Rio não, quem nela nasceu, ou ela adotou, as oportunidades brotam. Com sua peculiaridade única no mundo, de ter um clima fantástico, resultado de terra, mar, montanha, baía e lagoas, além de uma floresta urbana, contemplando esse povo fantástico, com suas desigualdades sim, mas às claras, juntos e misturados. Asfalto e morro, onde periferia se encontra na praia, no Maraca, no samba, ou simplesmente contemplando a todos com votos de feliz ano novo, saudando Yemanjá e sendo todos iguais, em alguma esquina da Lapa. Salve Rio de Janeiro, fevereiro, março e de todos que amem esta terra de oportunidades!!