Um dos maiores nomes da música estadunidense no século XX, o afro-americano Samuel George “Sammy” Davis Jr (1925-1990) marcou várias gerações e ajudou a derrubar muitos paradigmas na sociedade norte-americana. Como cantor, ator, dançarino e apresentador de televisão, Davis foi um dos artistas mais completos de sua geração.
Sua origem e primeiros contatos com o meio artístico
Filho de dois dançarinos, Sammy Davis Jr nasceu em Nova York, em 1925. Sendo assim, desde muito cedo ele teve contato com a força da magia da música e os palcos. Aos cinco anos, ele já fazia apresentações amadoras com um estilo de dança chamado “flash dancing” e demonstrava um talento acima da média. Certa vez, em um concurso com crianças mais velhas, Davis se destacou e levou para a casa uma taça de prata como premiação.
Desta maneira, por conviver desde muito jovem com o mundo dos palcos, Davis aprendeu a agradar o público a comover as pessoas com um sorriso ímpar — tudo isso aliado ao seu dom artístico. Portanto, não demorou muito para que o artista ganhasse o mundo.
Fama e sua contribuição para os artistas afro-americanos
Davis fez carreira solo em 1950 após assinar um contrato de gravação com a Decca Records, gravadora que ficou conhecida por rejeitar os Beatles em 1962. Seus dois primeiros álbuns venderam bem. Devido ao sucesso, o cantor começou a exibir em grandes cidades, como Las Vegas e Nova York — além de ser chamado para vários programas de televisão.
O auge veio na década de 1960, com ele sendo um dos membros do famoso grupo “Rat Pack”. Ao lado de Frank Sinatra, Peter Lawford, Dean Martin e Joey Bishop, Davis Jr contribuiu para que o “Rat Pack” fosse um enorme sucesso nos anos 1960, tanto nos cinemas quanto na música.
Na indústria do cinema, o “Rat Pack” fez muito sucesso na primeira produção de “Onze Homens e Um Segredo” (1960), com Davis Jr como um dos protagonistas. Na música, eles fizeram várias apresentações nos grandes cassinos de Las Vegas, que fez de Davis ser um dos primeiros afro-americanos a se exibir nesses locais — quebrando uma importante barreira e abrindo as portas para outros artistas afro-americanos nos cassinos.
Ainda na década de 1960, Davis estrelou em 1964 uma peça da Broadway, “Golden Boy”, e também em dois filmes: “A Man Called Adam” (1966) e “Charity, Meu Amor” (1969), ajudando a elevar a representatividade negra no cinema de seu país. No mesmo período, ele estrelou em dois programas de televisão: “The Sammy Davis, Jr. Show” e “The Swinging World of Sammy Davis, Jr”. Com isso, Davis se tornou o primeiro afro-americano a estrelar o seu próprio programa de TV nos Estados Unidos.
Davis além dos anos 1960 e algumas curiosidades
Defensor dos direitos civis e apoiador de Dr. Martin Luther King, Jr, ganhador do Nobel da Paz de 1964, Davis trabalhou até o fim da sua vida e sendo respeitado como uma grande showman por onde passava. Fora dos palcos e da TV, também vale destacar que Davis tinha alguns hobbies que cultivou durante boa parte da vida.
Além de ter se apresentado em grandes cassinos durante décadas, Sam Davis Jr também era um entusiasta do clássico jogo de cartas blackjack, modalidade que não perdeu popularidade com o passar do tempo e que nos últimos anos ganhou ênfase em grandes sites de caça níquel online, como o da Betway Cassino por exemplo. Em muitas oportunidades, Sam Davis Jr foi visto ao lado de grandes amigos, como Frank Sinatra e Dean Martin, jogando blackjack em mesas de cassinos em Las Vegas.
Outro hobby conhecido de Davis era a fotografia. O artista era um fotógrafo assíduo, que nas horas vagas passava muitos momentos clicando os rostos de conhecidos e familiares.
Em 1987, três anos antes de sua morte, Davis voltou a se reunir profissionalmente com Frank Sinatra e Dean Martin. O trio, com idade avançada e sem o mesmo vigor dos anos 1960, realizou uma turnê musical pelos Estados Unidos. No fim da turnê, a cantora Liza Minnelli substituiu Martin.
Em 1998, a história do “Rat Pack” foi retratada no filme “Os Maiorais” — produção da HBO. O ator Don Cheadle, que interpretou Davis na trama, ganhou um Globo de Ouro pela sua performance na pele do artista.