Será realizada no próximo sábado, 5, a 19ª Parada LGBTQIA+ da Bahia. A programação começa a partir das 18h, em formato virtual. Este ano, a discussão será sobre o ‘Racismo na comunidade LGBTQIA+’.
A Parada LGBTQIA+ é organizada pelo Grupo Gay da Bahia (GGB) e terá transmissão pelas redes sociais do jornal CORREIO e do Me Salte.
A programação vai contar com participação de artistas de várias categorias (música, teatro, dança, DJ, artes visual) da capital e do interior, atrizes, políticos e celebridades, educadores, pesquisadores, além de convidados de outros estados.
Entre os participantes estarão presentes, Matheuzza (atriz, educadora e pesquisadora nas questões de raça, sexualidade e gênero), Bagageryer Spilberg (apresentadora, transformista e realizadora de concursos de beleza), as cantoras Doralyce e Josyara; o rapper Hiran; e Malayka SN, que é DJ, visual artist e drag.
Tradicionalmente o evento acontece no segundo domingo de setembro. Porém, devido a pandemia da Covid-19 a programação foi adiada e será realizada virtualmente para evitar aglomeração, obedecendo as orientações das autoridades de saúde.
Violência contra comunidade LGBTQIA+
Segundo relatório de 2019 do Grupo Gay da Bahia (GGB), “Mortes Violentas de LGBT+ no Brasil”, os homicídios contra pessoas LGBTQIA+ pardos e pretos dominam 37,08% dos casos, enquanto a categoria “branca” detém 36,78%.
De acordo com a pesquisa os casos de violência cresceram de forma espantosa entre 2010 a 2019, resultando em uma média gradativa de 250 mortes todos os anos. Em 2017, o número de mortes entre a comunidade LGBT cresceu quase o dobro — 445 casos. A Bahia ainda é o 2º estado que mais mata LGBT’s no Brasil.
Dentro da grande de apresentação haverá também três mesas de debates com os temas: Mesa 1- Bichas pretas. Mesa 2- Negras, lésbicas e masculinizadas. Mesa 3- Transexuais e travestis negras não trabalham apenas em salão.
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