Neste domingo, 6, será realizado na Praça Raul Cortez, Duque de Caxias, Baixada Fluminense do Rio de Janeiro, às 15h um ato pedindo justiça pelas mortes de Emilly Victoria, 4 anos, e Rebeca, 7 anos. As duas meninas foram atingidas por tiros na última sexta-feira, 4, enquanto brincavam na porta de casa, em Caxias. Emily foi atingida na cabeça e Rebeca no tórax.
Segundo testemunhas, uma viatura da Polícia Militar efetuou disparos em direção à rua que as meninas estavam. Já a PM afirma que uma equipe do 15º Batalhão estava fazendo um patrulhamento na Rua Lauro Sodré, na altura da comunidade do Sapinho, e que os agentes não dispararam, mas saíram em deslocamento ao ouvirem tiros. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF).
Emilly e Rebeca não são exceção quando o assunto é morte de crianças por tiro. Um levantamento da Iniciativa Direito à Memória e Justiça Racial (IDMJR) aponta que, apenas neste ano, 22 crianças já foram vitimadas por “balas perdidas”, destas 12 foram na Baixada. Em 2017, 635 crianças e adolescentes foram assassinados no Rio, segundo dados do Dossiê Criança e Adolescente 2018, da Secretaria de Segurança Pública do Estado.
Vale lembrar que o estado do Rio de Janeiro ainda está sob decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), onde proibiu operações policiais enquanto perdurar a pandemia.
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