O Ministério Público Federal quer explicação do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, sobre a real prioridade do Ministério da Saúde à população quilombola na imunização contra a Covid-19. O prazo de resposta é de 72 horas.
O ofício enviado ao ministro Pazuello, na última terça-feira (19), é fruto de uma perícia feita no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, realizado pelo Ministério da Saúde, e nos planos estaduais de vacinação.
Segundo a Procuradoria houve omissão da pasta em referência a essa parcela da população, e falta uma diretriz sobre a prioridade de imunização dos quilombolas que têm sido seguido pro alguns Estados.
No Estado de São Paulo, o governador João Doria (PSDB) tinha tirado prioridade dos quilombolas, e foi pressionado por movimentos sociais para reinserir o grupo.
Em dezembro, o Ministério da Saúde apresentou o plano nacional de vacinação ao Supremo Tribunal Federal onde aparecia os quilombolas entre os grupos prioritários, o que não foi mais percebido a partir do início da imunização.