Por Silvana Bahia

A Marcha da maconha que foi realizada da praia de Ipanema até o Arpoador, no Rio de janeiro, partiu do Jardim de Alah às 16h. O evento que visa fortalecer descriminalização do uso da cannabis garantindo os direitos dos usuários e o combate ao tráfico, contou com a participação ativa da população. Muitas pessoas de várias idades e classes sociais comparecerem e apoiaram a manifestação.

O deputado estadual Carlos Minc, que apoia o movimento também esteve presente e afirmou seu apoio a Marcha. “A Organização das Nações unidas, ONU, chegou à conclusão que essa política de combate às drogas fracassou. Só fez aumentar o número de pessoas presas e isso não diminuiu o consumo, não diminuiu o poder dos traficantes, não diminuiu a corrupção policial ligada à extorsão que geralmente acompanha a prática proibicionista” acrescentou o deputado.

A hipocrisia que existe em relação ao uso da maconha é um debate bastante polêmico no país. A marcha existe desde 2007 e durante os outros anos enfrentou alguns obstáculos para sua realização. Nesse 1º de maio, dia do trabalhador, a marcha ocorreu na paz, com o apoio da prefeitura que fechou trânsito na orla e disponibilizou policiais militares para fazer a segurança dos manifestantes.

Renato Cinco, coordenador da Marcha, acredita que a passeata desse ano foi um sucesso. “Cresceu muito em relação ao ano passado e a gente quer manter esse movimento realizando debates e com outras formas de trazer essa discussão à tona” afirmou.

A revindicação da descriminalização do uso da maconha não é apenas por uma questão de violência, mas sim por uma questão econômica. Trilhões de dólares são gastos com essa política que não é eficaz para a sociedade e acaba marginalizando os usuários e aliciando cada vez mais crianças para tráfico, ao invés de serem investidos em informação, escolas, hospitais, atividades esportivas. Não fazendo apologia, porque cada um faz o que quer, mas o que não podemos acreditar é que enchendo a prisão de jovens o país irá progredir. “Quem planta em casa não está alimentando o traficante. A gente tem que ter mais cultura, mas emprego e combater a violência” concluiu Carlos Minc.