Segundo boletim da Fiocruz, Brasil vive o maior colapso sanitário e hospitalar da história do país

Pesquisadores chamam à atenção para o fato da situação atual ser gravíssima.

créditos: Tatiana Fortes/Governo do Ceará

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou nesta terça-feira (16/03), uma nova edição do Boletim Extraordinário do Observatório Covid-19.
Os gráficos ilustram o avanço da taxa de ocupação de leitos de UTI para adultos, desde o dia 17/07/2020 até 15/03/2021.

Os estados em verde representam o estado de alerta baixo, em amarelo estão com alerta médio e em vermelho estão os críticos.

créditos: Boletim do Observatório Covid-19 da Fiocruz

Como é possível verificar, desde o início da pandemia até o momento atual houve um crescimento avassalador, que resultou em praticamente todo o país definido como estado crítico, com exceção de Roraima e Rio de Janeiro que ainda estão em estado médio (com valores acima de 70%, já beirando o estado crítico).

Na visão dos pesquisadores que realizam a avaliação dos dados, as circunstâncias levam o país a um estado de alerta. Praticamente todos os dias o índice de “pior momento da pandemia” é superado. Para tentar freiar o avanço do vírus, a Fiocruz informou, também nesta terça, que prevê entregar mais de 20 milhões de doses  da vacina AstraZeneca-Oxford por mês, a partir de Abril.

Hoje o Senado Federal irá realizar uma reunião para discutir e planejar a realização das vacinações. O encontro contará com a presença do chefe da pasta de Saúde. Ainda não se sabe se será Eduardo Pazuello que comparecerá, conforme foi anunciado, ou se será Marcelo Queiroga, atual novo ministro.

Com a forte sobrecarga dos sistemas de saúde e a média móvel de óbitos dos estados batendo recordes todos os dias, os pesquisadores afirmam que, por enquanto, a tendência é piorar. A evolução dos números tem evidenciado uma tendência díficil de ser contida. O número de capitais com mais de 90% dos leitos ocupados cresceu de 16 para 19 e os estudos sobre a eficácia da vacina de Oxford sobre a variante B.1.351 ainda não foram concluídos.

A partir do cenário apresentado, as principais instituições a frente dos estudos do Covid-19 defendem uma adoção rigorosa de ações de prevenção e controle. As atividades não essenciais precisam ser restritas com maior vigor, e medidas de distanciamento físico e social necessitam ser ampliadas. O uso de máscaras em larga escala continua sendo uma atitude extremamente necessária por parte da população; auxilia na desaceleração do vírus, enquanto aceleram a vacinação da população.

De acordo com a análise da Fiocruz: “Com 80% ou mais da população utilizando máscaras há uma redução muito acentuada da transmissão. Se somente 50% da população utilizar máscaras a redução será mínima”. E ainda: ” Se regulamentações governamentais sobre o uso de máscaras são importantes, sozinhas são insuficientes, devendo ser realizadas campanhas sobre a importância do uso e como usar, além da distribuição gratuita de máscaras em larga escala”.

Boletim completo no link: https://agencia.fiocruz.br/sites/agencia.fiocruz.br/files/u34/boletim_extraordinario_2021-marco-16-red-red-red.pdf

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