A responsabilidade de cada um

Moradores de diversas periferias da cidade do Rio de Janeiro comentam sobre o descarte de lixo e manutenção da limpeza em seus territórios.

O lixo é uma responsabilidade coletiva _ foto: Marcella Saraceni

Na maioria das comunidades fluminenses  existem aquelas pessoas que lutam por melhores condições de vidas, ou seja , fazer com que a localidade ganhe certa visibilidade e seja assistida por serviços básicos, Educação, saúde , saneamento básico e segurança, que são serviços garantidos a população de acordo com a constituição de 1988. 

Dando ênfase a questão do saneamento básico, na qual o tratamento do lixo é desprezado pela população, apesar da cidade ter um bom serviço de coleta por parte da COMLURB – Companhia Municipal de Limpeza Urbana da Cidade do Rio de janeiro, que não somente realiza coleta, mas também possui vários programas que estão ligados a conservação do ambiente, como descarte correto do lixo e até cooperativas de catadores cadastradas que ajudam na questão da reciclagem. 

Mesmo com tudo isso, a cidade do Rio de janeiro é percebida por muitos como uma cidade suja, e principalmente nas comunidades, onde o serviço é um pouco mais complicado por se tratar de localidades em sua maioria com becos. 

Numa conversa com moradores de vários pontos da comunidade e outras localidades, as opiniões são muito parecidas. 

Acari – Zona Norte 

Segundo Rosemildo no complexo de Acari, Zona Norte do Rio de janeiro  ele acredita que o local seria mais limpo se houvesse colaboração por parte dos moradores, alem do mais, ele enfatiza que a questão do lixo deveria ser mais observada pelo morador pois a comunidade já passou por muitas enchentes, somente em 2020 foram duas. Para Barbara moradora da Parmalat, outra localidade do complexo de Acari, a resposta não foi diferente: ” A coleta de lixo é regular, a função de cada morador é levar o lixo pra coleta.” 

Jacarezinho e Lins de Vasconcelos  – Zona Norte 

Para Leticia Felipe, que morou no Jacarezinho e Lins na Zona Norte da capital fluminense, duas realidades foram citadas: no Jacarezinho as ruas eram limpas pela manhã, e logo durante o dia antes da tarde estavam sujas novamente. No Lins de Vasconcelos ela conta que não era comunidade, então havia um controle dos moradores do local e isso era muito bom.  

Santa Teresa – Zona Central

Tiago Nascimento, morador do Morro dos Prazeres, em Santa Teresa, nos diz que o grande problema da comunidade são as fezes de animais nas ruas, segundo ele alguns tem donos e nem por isso limpam a sujeira feita pelos animais. 

Penha  – Zona Norte

Ingrid Colasso que mora na localidade da Grota, no Complexo da Penha, nos conta que em geral os moradores se esforçam pra ajudar a manter a comunidade limpa. Igualmente pensa Laurene, que mora na Merendiba, outra localidade do Complexo da Penha, no entanto cita que falta a colaboração de alguns, principalmente nos dias de chuva. 

Como é possível perceber de acordo com cada um dos entrevistados, não é possível determinar um padrão de comportamento para esse tipo de questão, porém considerando o que muitas periferias no Brasil sofrem por falta de infraestrutura, o que é dever de cada um precisa ser feito para transformar cada localidade em um lugar melhor de se viver. Além disso os valões e rios da Cidade agradecem pela mudança de hábitos. 

Gostou da matéria?

Contribuindo na nossa campanha da Benfeitoria você recebe nosso jornal mensalmente em casa e apoia no desenvolvimento dos projetos da ANF.

Basta clicar no link para saber as instruções: Benfeitoria Agência de Notícias das Favelas

Conheça nossas redes sociais:

Instagram: https://www.instagram.com/agenciadenoticiasdasfavelas/
Facebook: https://www.facebook.com/agenciadenoticiasdasfavelas
Twitter: https://twitter.com/noticiasfavelas