A Paraíba encerrou sua participação no Festival Rima (Rio International Monthly Awards) de maneira brilhante, com três premiações importantes.
E não foi só isso: o prêmio de Melhor Atriz foi dividido entre duas paraibanas (Zezita Matos, por “O Quarto Negro” e Ingrid Trigueiro, por “Cura-me”) e o de Melhor Ator foi para jovem Micaell Wouglle, por “Cura-me”.
Fazendo uma análise bem simples, sem entrar em questões de linguagem, estética ou aprofundar nas teorias do cinema, já que não sou estudioso do assunto, dá pra dizer, no mínimo, que o cinema feito por elenco paraibano dominou a cena no festival Rima 2021.
Além de mostrar a força da produção nordestina, os filmes “Cura-me”, com produção na Paraíba, e “O Quarto Negro”, com produção em Pernambuco, trazem no elenco atores paraibanos de gerações diferentes.
Zezita e Ingrid já dividiram a cena no teatro (“As Velhas” e várias edições da Paixão de Cristo em João Pessoa) e Micaell Wouglle é um ator novo que faz sua estreia no cinema de forma brilhante. Confesso não ter visto ainda sua atuação no teatro.
Importante destacar essa possibilidade de juntar diferentes gerações no teatro e, agora com um alcance muito maior, no audiovisual. Prazeroso saber que o prêmio de Melhor Atriz foi dividido entre duas paraibanas, ou seja, se o juri poderia até estar em dúvida qual seria era a melhor atriz, mas não restava dúvida que esse show de interpretação tinha uma fonte segura: a Paraíba.
“O Quarto Negro” é um curta metragem escrito e dirigido por Carlos Kamara que conta a história de Amélia, uma senhora solitária interpretada por Zezita Matos, que mora num casarão numa cidade distante e que recebe uma empregada que mudará para sempre a rotina daquela casa. O filme é mais uma realização da Ambar Produtora.
“Cura-me” tem uma estória baseada em três casos reais e conta os percalços do jovem e atormentado “Mateus” (Micaell Wouglle) que busca a psicóloga religiosa “Heleonora” (Ingrid Trigueiro) para a suposta cura de sua homossexualidade. Um tema polêmico, mas muito bem conduzido, que é escrito e dirigido por Eduardo Varandas.
Descumprindo todas as formalidades de uma pseudo-análise dessa maravilhosa premiação para as atrizes e o ator paraibano, digo que sinto um prazer imenso em escrever essas linhas nada acadêmicas sobre cinema.
Longe de ser crítico e “monstro sagrado” da crítica cinematográfica, me dou ao luxo de escrever com a alegria de ter pisado no palco várias vezes com Zezita e Ingrid nas sagradas Paixões de Cristo de João Pessoa e de conhecer agora o trabalho do jovem Micaell através do cinema.
Que venham as próximas cenas.” Roda, roda, roda e avisa”, Chacrinha!
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