Em plena pandemia da Covid-19, que assola o mundo desde o ano passado, 39 Vereadores do Recife solicitaram uma verba de quase R$ 2 mi para comprar 160 celulares de alta tecnologia e 60 mini modems de internet.
O edital para a aquisição dos aparelhos é no valor de R$ 1.926.552,00 (um milhão novecentos e vinte e seis mil quinhentos e cinquenta e dois reais), que pode ser diluído dependendo da empresa selecionada no edital.
Os celulares e modens seriam para uso dos próprios vereadores e seus assessores, cada parlamentar teria direito a 4 aparelhos.
A licitação chamou a atenção do MPCO – Ministério Público de Contas, tanto pelo valor solicitado, quanto pelas especificações exigidas dos produtos, dentre elas, “acesso ilimitado a Internet”, “Tela touchscreen com no mínimo 6,1” (diagonal)”, “Bluetooth 5.0 mínimo”, “Leitor de digitais”, “Proteção IP 67 contra água, respingos e poeira”, “Câmera traseira de, no mínimo, 12 megapixels integrada” e “tecnologia GSM (Global System for Mobile Communications) local (VC1) e longa distância (VC2 e VC3)”.
O MPCO exigiu que a licitação fosse adiada até o encerramento do decreto que coloca Pernambuco em estado de calamidade pública devido à Pandemia da Covid-19.
Em resposta, a Câmara dos Vereadores informou que o contrato de prestação de serviço de telefonia móvel da casa é de 2001 e que o pregão eletrônico irá selecionar a empresa que oferecer o menor valor.
Essa notícia poderia começar expressando o tamanho da indignação perante essa atitude da Câmara de Vereadores de Recife e tantas outras ações promovidas por representantes das diversas esferas políticas do nosso país. Mas, em respeito a nossa saúde mental, este texto será finalizado com a figura que os vereadores associou à imagem da população ao elaborar este edital.
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